Por Assis Moreira | De Genebra
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) projeta que o desemprego vai aumentar na Argentina e no Brasil até 2018, em termos percentuais, entre os emergentes que fazem parte do G-20, o grupo das maiores nações desenvolvidas e em desenvolvimento.
Guy Ryder, diretor-geral da OIT, alertou ontem que o tímido crescimento nas economias desenvolvidas não é suficiente para cortar o desemprego global, e que a estagnação ou menor expansão de economias emergentes elevará o numero de pessoas sem trabalho.
"A baixa nos emergentes terá impacto claro na economia global e no aumento de desempregados", afirmou Ryder. Abordando as turbulências atuais sofridas pelos emergentes, disse que "uma perigosa volatilidade financeira" continua a afetar a economia mundial, cinco anos depois de deflagrada a pior crise dos últimos tempos.
A OIT projeta aumento de 6% no número de desempregados globalmente neste ano, com a taxa tendo dobrado entre os jovens em relação a média histórica.
Ryder qualificou de "dramática" a situação do desemprego em vários países. A OIT calcula que 205 milhões de pessoas estarão desempregadas em 2014 e que o número atingirá 214 milhões até 2018.
Pelas projeções da entidade, entre os emergentes do G-20 a taxa de desemprego aumenta de 7,2% neste ano na Argentina para 11,5% até 2018. No caso do Brasil, a taxa passa de 5,6% no ano passado para 6,1% neste ano e alcança 6,2% em 2018, representando um milhão de desempregados a mais até lá. A África do Sul continuará tendo o maior taxa de desempregados, de 25% neste ano.
Fonte: Valor Econômico - 30/08/2013