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Crescimento mais fraco não muda estratégia do Copom

 

 Acusado no começo do ano de agir com falta de convicção no combate à aceleração de preços na economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central consolida agora uma atitude mais firme para domar as expectativas inflacionárias do mercado financeiro.

Na semana passada, o colegiado aumentou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, de 8% para 8,5% ao ano. O comunicado do Copom, basicamente uma cópia do emitido na reunião anterior, de maio, não deixa dúvidas de que o processo de aperto na política monetária terá continuidade. Agora, dá-se como certa mais uma alta de 0,5 ponto percentual na próxima reunião do colegiado, em agosto, e uma elevação de pelo menos 0,25 ponto percentual no encontro seguinte.

O BC manteve o curso num período em que ocorreu uma mudança relevante no balanço de riscos entre crescimento e inflação. A queda de 2% na produção industrial em maio, ante abril, e a estagnação nas vendas no comércio levantam questões sobre a continuidade do processo de retomada da economia. Divulgado na sexta-feira, o indicador de atividade do Banco Central, o IBC-Br, registrou queda de 1,4% em maio, ante abril, maior do que a esperada pelos analistas econômicos do setor privado.

Ainda é cedo para concluir que a economia caminha para o terreno negativo. Dados isolados de indicadores de alta frequência, como os números da produção industrial, às vezes produzem mais ruído do que informação. O IBC-Br foi muito negativo, mas isso não impediu que analistas do mercado financeiro mantivessem as suas apostas em um crescimento da economia um pouco mais forte no segundo trimestre do que no primeiro trimestre.

Mas deve-se reconhecer que, entre as reuniões do Copom de maio e junho, os riscos para atividade econômica tornaram-se mais pronunciados. A forte volatilidade no mercado de câmbio, os protestos nas ruas e os desacertos da política fiscal criaram um ambiente mais incerto que poderá afetar a retomada da produção industrial e os investimentos, que se tornaram neste ano o carro-chefe da expansão da demanda.

Ao mesmo tempo em que o cenário do crescimento se tornou mais nebuloso, surgiram algumas indicações de arrefecimento da inflação. O índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) subiu 0,26% em junho, abaixo do que o mercado financeiro e o próprio BC esperavam. Foi o segundo mês seguido em que a inflação, em termos anualizados, ficou em torno da meta de 4,5% definida pelo governo. O índice de difusão do IPCA recuou de 63% para 55% entre maio e junho, um primeiro sinal de que os aumentos de preços podem estar se tornando menos disseminados.

São dados encorajadores, porém insuficientes para mudar a dinâmica da inflação, descrita pelo Banco Central como alta, disseminada e resistente. E, no fim das contas, o objetivo principal da política de juros é conter a inflação, utilizando os instrumentos de política monetária com perícia para minimizar as flutuações da atividade econômica.

Já se esperava uma melhora nos índices de inflação nesta época do ano, quando os aumentos de preços costumam ser mais contidos. É uma tendência que deve persistir nos próximos meses, fazendo a inflação acumulada em 12 meses voltar a cair abaixo do teto da meta, de 6,5%. Mas fatores sazonais tendem a pressionar o IPCA no último trimestre deste ano.

A tarefa mais árdua será domar as expectativas inflacionárias do mercado financeiro, cuja coordenação se torna ainda mais desafiadora num ambiente de valorização do dólar e de incertezas sobre o repasse da variação cambial à inflação.

O mercado financeiro projeta um aumento do IPCA de 5,81% para 2013, o que deixa pouca margem de erro para o Banco Central cumprir sua meta declarada de entregar uma inflação neste ano menor do que os 5,84% medidos em 2012. Para o ano que vem, as projeções do mercado financeiro são uma inflação de 5,9%, o que significa descrença na hipótese de o BC cumprir sua promessa de baixar a inflação entre 2013 e 2014.

O objetivo maior é trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%. Os economistas privados projetam inflação maior do que 5,2% até 2017. Para cumprir a meta, o Copom terá que perseverar no caminho escolhido em maio, sem desprezar os riscos para a atividade.

 Fonte: Valor Econômico - 15/07/2013

 

 

 


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