Em audiência no Senado, ministro da Defesa admite fragilidade e pede uso de equipamentos brasileiros
O Brasil está "na infância"" em temas como segurança cibernética, admitiu ontem o ministro da Defesa, Celso Amorim, em reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado. "As vulnerabilidades existem e são muitas."
Ele ressalvou, por outro lado, que o Brasil não está sozinho nessa situação. O próprio Leon Panetta, secretário de Defesa dos EUA, segundo Amorim, reconheceu o risco de seu país viver um "Pearl Harbor cibernético". Países europeus, como a Alemanha, foram igualmentepegos de surpresa pela dimensão do suposto monitoramento de seus dados.
O sistema brasileiro é particularmente frágil porque os softwares de segurança são todos estrangeiros. "No meu computador, por exemplo, eu aperto um botão e ele deve ligar direto com a Microsoft", comentou Amorim. "E sou ministro da Defesa." Ele defende o desenvolvimento de equipamentos e programas brasileiros.
O país é vulnerável, também, porque todas as comunicações, "incluindo as de Defesa", passam por um satélite que não é brasileiro. "Isso toma mais frágil a segurança", frisou o ministro.
O governo do Brasil prepara a montagem de um satélite geoestacionário brasileiro. "É prioridade da Defesa, até mesmo porque ela terá uma faixa própria", informou. / L.A.O
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