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Demanda menor reduz juro no crédito para construção

BANCO DISPUTA CRÉDITO À CONSTRUÇÃO
Autor(es): Por Karin Sato | De São Paulo
 
A queda do ritmo de lançamentos imobiliários levou os bancos a uma batalha para financiar obras no setor. Como consequência, os juros cobrados das incorporadoras cedeu. A taxa média no crédito imobiliário para empresas caiu para 10% ao ano mais taxa referencial (TR). Pouco mais de dois anos atrás, em março de 2011, a taxa média era superior a 12%, considerando os recursos direcionados, que compõem a maior parte do crédito imobiliário no país e excluem o programa federal Minha Casa, Minha Vida.
A menor demanda por crédito decorre do fim da euforia do setor de alguns anos atrás e também de problemas enfrentados por incorporadoras no cumprimento de prazos de entrega. No primeiro trimestre, por exemplo, as incorporadoras com ações em bolsa lançaram, em conjunto, R$ 3,98 bilhões em novas obras, valor que indica um recuo de 18,2% ante o mesmo período do ano passado.
 
Passado o boom do mercado imobiliário, a briga entre os bancos para financiar a construção ficou acirrada. A consequência disso foi a queda das taxas de juros. Desde o início da série recém criada pelo Banco Central, iniciada em março de 2011, as taxas de juro do crédito imobiliário fornecido a empresas passaram de um patamar superior a 12% mais a taxa referencial ao ano, em média, para a casa dos 10% mais TR. Essa taxa considera os preços praticados com os chamados recursos direcionados, aqueles da caderneta de poupança, com destino "carimbado", que compõem a maior parte do crédito imobiliário no país.
 
O principal motivo do aumento da competição é a desaceleração no ritmo de lançamentos de obras, reflexo de uma demanda menor e de problemas enfrentados por incorporadoras. No primeiro trimestre, por exemplo, as incorporadoras com ações em bolsa lançaram, em conjunto, R$ 3,98 bilhões em novas obras, o que equivale a um recuo de 18,2% ante o mesmo período do ano passado, segundo cálculos do Valor.
 
Outra razão foi a entrada no setor, em 2010, do Banco do Brasil, que mostra agressividade nas taxas para conquistar um mercado ao qual chegou tardiamente.
"Os lançamentos caíram, o que fez com que a competição aumentasse. É natural. Quando se tem menos pelo que brigar, a briga aumenta", afirma Alda Rosseli, superintendente executiva de negócios imobiliários pessoa jurídica do banco Santander. No ranking do segmento por valores, o Bradesco ocupa o primeiro lugar e é seguido por Caixa, Santander, BB e Itaú.
 
O crédito à construção, conhecido no mercado por plano empresário, é um importante filão para os bancos. Isso porque o financiamento de obras é um caminho para conquistar a pessoa física que vai adquirir o imóvel na etapa seguinte, um cliente que pode ficar no banco por mais de uma década, consumindo seus produtos e serviços, a depender do prazo do financiamento. Por determinação do Banco Central, 65% dos recursos captados pelas instituições financeiras em caderneta de poupança devem ser canalizados para o financiamento imobiliário.
 
Acompanhando o menor ímpeto do mercado de obras, o número de financiamentos para construção caiu 28% no primeiro trimestre, na comparação anual, para 28.603 unidades. Em valores, o recuo foi de 9,5%, para R$ 5,4 bilhões. No acumulado do ano passado, comparativamente a 2011, os declínios tinham sido de 31% e de 21,8%, nesta ordem. Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) e se referem a empréstimos feitos no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), que inclui recursos livres e da poupança e representa 89% do estoque.
 
Para o diretor de habitação da Caixa Econômica Federal, Teotônio Rezende, as construtoras não estavam preparadas para o crescimento do mercado imobiliário, o que explica os dados da Abecip. Segundo ele, o número de lançamentos cresceu rápido demais e logo as construtoras passaram a enfrentar problemas para cumprir o cronograma de entrega. "Elas tiveram de reprogramar os lançamentos", diz Rezende. "Isso intensificou a concorrência entre os bancos no financiamento habitacional com recursos da poupança. E essa competição já era alta", afirma. Ele opina ainda que a demanda por imóveis estava muito alta. Assim, a desaceleração é "natural".
 
No primeiro trimestre deste ano, o Bradesco originou R$ 2,165 bilhões para crédito imobiliário para empresas, um recuo de 20% ante igual período de 2012 e uma leve alta de 0,8% na comparação com o quarto trimestre. Já no Itaú, o volume de contratações de janeiro a março foi de R$ 527 milhões, uma queda de 66% na comparação trimestral e de 48% na anual.
 
No Banco do Brasil, Hamilton Rodrigues da Silva, gerente geral de crédito imobiliário, admite que a instituição foi prejudicada, no que se refere à competição, pelo fato de ter entrado mais tarde no segmento. "Entramos depois do boom do setor imobiliário e agora estamos correndo atrás do tempo perdido. Nossa expectativa é crescer rapidamente e ganhar participação relevante", diz Silva.
 
O estoque de crédito imobiliário para pessoas jurídicas do BB é bastante inferior ao de seus concorrentes, mas vem crescendo a um ritmo acelerado. O saldo estava em R$ 2,9 bilhões no fim de março, sendo que o volume originado no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 1,7 bilhão. O valor inclui o programa federal de residências populares Minha Casa, Minha Vida.
 
Executivos de incorporadoras que não quiseram ser citados relatam que o BB tem oferecido taxas atrativas, um pouco abaixo das ofertadas pelos concorrentes. Porém, a instituição ainda estaria aprendendo sobre o setor e não seria tão ágil quanto os demais no burocrático processo de análise de projetos e de documentos. Silva, do BB, diz que está ofertando soluções cada vez mais eficientes.
 
O diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges, admite que o mercado de crédito à produção de imóveis está mais difícil. O banco aposta na diversificação regional para fazer frente a esse cenário. "Como trabalhamos em muitas das capitais, quando há redução no ritmo de lançamentos em alguma localidade, há uma compensação em outra", diz. "Além disso, somos ágeis no trâmite burocrático." (Colaborou Chiara Quintão)
 
 Fonte: Valor Econômico - 28/06/2013

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