BRASÍLIA - Após o susto de ver ser rejeitada a urgência para a reforma trabalhista na noite de terça-feira, que acabou sendo aprovada nesta quarta-feira, o presidente Michel Temer disse, através do porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, que a votação traduziu "ampla maioria" e "firme apoio do Congresso" ao governo. A aprovação do regime de urgência também foi considerada por Temer um sinal de "sintonia" do Legislativo com o Executivo e a sociedade brasileira.
— A aprovação da urgência indica uma sintonia entre o Executivo, o Legislativo e a sociedade brasileira em torno da necessidade de aprimoramento dos marcos que regem as relações de trabalho em uma economia que volta a crescer — disse Parola.
Segundo o porta-voz, a urgência somada à aprovação do projeto de recuperação fiscal dos estados mostra a "solidez" da base de sustentação de Temer.
— Ambas confirmam a solidez da base congressual do governo e seu compromisso com o conjunto de medidas que, discutidas e aprovadas ao longo dos últimos meses, já foram capazes de tirar o Brasil da mais profunda recessão de sua história — afirmou.
Ontem, após uma votação-relâmpago, o Palácio do Planalto sofreu uma importante derrota ao não conseguir maioria para aprovar a urgência da reforma trabalhista na Câmara. Entre os culpados, além do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também se apontou infidelidade do PSB e do PPS. Diante disso, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, conversou com os ministros e pediu para que trabalhem mais ativamente nas bancadas. O caso que gera mais insatisfação no governo é o do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), do PSB, que tem uma poderosa pasta e não conseguiria "domar" a bancada.
Fonte Extra de 20/04/2017