Na primeira quinzena de setembro, cerca de cinco mil segurados que recebem auxílios-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Estado do Rio, deverão ser chamados na primeira leva de cartas enviadas pelo órgão, para que passem pela revisão dos benefícios por incapacidade concedidos há mais de dois anos. Em todo o país, as primeiras convocações deverão atingir cem mil segurados. A ideia do governo, segundo uma fonte ligada ao Ministério do Desenvolvimento Social, é começar a enviar as primeiras correspondências até o dia 15 do mês que vem.
No Rio, há cerca de 40 mil trabalhadores com auxílios-doença há mais de dois anos e que serão chamados para a realização da perícias nos próximos meses. Os estados com as maiores concentrações são São Paulo, com 90 mil pessoas, e Rio Grande do Sul, com 80 mil.
As revisões dos auxílios ocorrerão em todo o país, especialmente nos casos em que os benefícios foram concedidos por decisões judiciais, sem datas de cessação dos pagamentos. Os convocados deverão levar exames e laudos médicos (da rede pública, particular ou de um perito do próprio INSS) para comprovarem os problemas de saúde. Pessoas com dificuldades de locomoção não precisarão ir aos postos do INSS. Num caso como esse, a família deverá ligar para a Central 135 para que um perito vá até o segurado.
De acordo com estimativas do governo, as revisões dos auxílios-doença poderão resultar numa economia de R$ 3,95 bilhões por ano. No caso das aposentadorias por invalidez, que passarão pelo pente-fino a partir do ano que vem, o impacto será de R$ 2,35 bilhões.
Uma portaria interministerial divulgada recentemente, que regulamentou as normas da revisão, prevê que, nos dias úteis, as agências poderão agendar até quatro perícias por dia, por perito. Aos sábados, as consultas serão feitas em mutirão, até o limite de 20 por dia, por médico. O número final de segurados que serão convocados nos próximos meses, porém, ainda depende do percentual de adesão dos peritos ao programa, que têm até o próximo dia 25 para se cadastrar.
Fonte Extra de 16/08/2016