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Menos demissões e confiança maior sinalizam retomada

 

BRASÍLIA - Menos demissões e mais confiança, associados a uma redução das taxas de juros futuros, sinalizam que o pior da crise econômica já pode ter passado. Economistas e integrantes do governo ouvidos pelo GLOBO afirmam que os sinais são acanhados, mas animadores, e tendem a melhorar a partir da conclusão do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Isso porque haverá mais estabilidade política para atrair investidores que hoje estão em compasso de espera para apostar no Brasil.

— No primeiro trimestre de 2016, era comum ouvir do mercado que as coisas no Brasil ainda iriam piorar muito antes de melhorar. Os economistas ainda buscavam o fundo do poço. Havia uma sensação de que o mundo iria acabar, o que deixava as pessoas e as empresas na defensiva. Agora, o sinal mudou — afirmou um integrante do Ministério da Fazenda.

Tanto que, embora o governo projete para 2017 um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2%, os técnicos, reservadamente, afirmam que o número será maior:

— Fizemos uma projeção prudente para 2017, de crescimento de 1,2%, mas possivelmente vamos rever esse número para cima nos próximos meses. Ao longo do tempo, a incerteza política vai diminuindo — disse o interlocutor da Fazenda.

Para a fonte, um sinal importante veio do mercado formal de trabalho. No segundo trimestre de 2016 foram registradas 100 mil demissões a menos do que em 2015. Somente na indústria, o saldo de desligamentos foi de 68.246 entre abril e junho deste ano. No mesmo período de 2015, ele havia atingido a marca de quase 180 mil.

— Foi uma diminuição muito importante — afirmou Rodolfo Torelly, do site especializado Trabalho Hoje.

Outros setores já registram geração de empregos, como agropecuária, serviços médicos e odontológicos e administração pública. Segundo dados do Ministério do Trabalho, no segundo trimestre deste ano foram criados 20 mil postos a mais que no mesmo período de 2015.

Outro sinal de maior otimismo foi o índice de confiança dos consumidores, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Depois de atingir o pior patamar histórico em abril, ele avançou para 71,3 pontos em junho, atingindo 76,7 pontos em julho.

Também há reação da indústria em alguns segmentos. Uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), por exemplo, revela que 42% das empresas do setor esperam aumento das vendas no segundo semestre. Já na indústria da construção civil, o índice de produtividade chegou a 41,2 pontos em junho, contra 33,3 pontos em dezembro. Em junho de 2014, estava em 44,5 pontos. Merece ainda destaque o indicador que mede a expectativa de investimento no setor, que parou de cair e se mantém na casa dos 25 pontos nos últimos meses.

— O dado mostra que o empresário está disposto a voltar a investir, e isso é importante, porque na construção civil o ciclo é de longo prazo — explicou o economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Luís Fernando Mendes.

A reversão de expectativas também se refletiu no mercado imobiliário. Operações de crédito com recursos da poupança subiram 9,5% entre maio e junho, com perspectiva de retomada de lançamentos nos próximos semestres.

Embora o governo trabalhe com um rombo recorde nas contas públicas de 2016, os indicadores fiscais brasileiros também reagiram. A arrecadação federal, por exemplo, continuou caindo em junho, mas o ritmo se estabilizou. Segundo os técnicos, isso é um sinal positivo. Nos últimos três meses, as receitas vêm caindo em torno de 7%, mas isso tende a se reverter gradualmente.

 

'O PACIENTE AINDA ESTÁ NA UTI’

 

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, afirma que o aumento dos índices de confiança e a queda das taxas de juros futuros — um sinal de que os investidores apostam na redução da Selic e na retomada no PIB — são demonstrações importantes de uma virada.

— Vai ser nesse momento (em que o BC baixar a Selic) que a retomada será efetiva — disse Freitas. — Eu acredito que essa retomada mais concreta se dará na virada deste ano para 2017.

José Roberto Afonso, pesquisador do Ibre/FGV, alertou que o país ainda levará tempo para voltar aos patamares de dois, três anos atrás:

— Há sinais de melhora, até porque a base de comparação era muito ruim. Digamos que, em dois anos, você tomou um tombo numa escada de uns dez degraus. Mas este ano você caiu só dois degraus. Sem dúvida, ficou menos pior. Mas o fato é que você continua escada abaixo, cada vez mais longe de onde você partiu.

Para a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, “o paciente ainda está na UTI”. Mas ela espera melhora do cenário econômico com a conclusão do processo de impeachment.

 

Fonte Extra de 01/08/2016


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