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Mercado aposta em queda de juro só no quarto trimestre

 

SÃO PAULO - Na avaliação de economistas de consultorias e bancos, o ciclo de queda dos juros no Brasil só deve começar em outubro ou novembro, se as condições da economia permitirem. Apesar de a trajetória da inflação continuar sendo de baixa, o IPCA dos últimos 12 meses continua muito elevado — 8,84% — e não deve convergir para o centro da meta, de 4,5%, em 2017 como espera o Banco Central. Por isso, a expectativa é que a Selic (taxa de referência no país) seja mantida em 14,25% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira e termina nesta quarta-feira, a primeira sob a gestão do novo presidente do Banco Centra, Ilan Goldfajn.

— A trajetória de queda da inflação ainda não está sinalizando a convergência para o centro da meta em 2017, como deseja o BC. Portanto, acredito na manutenção da Selic na reunião desta quarta-feira e uma primeira baixa, de 0,5 ponto percentual, apenas em novembro — diz o economista Silvio Campos Neto, da consultoria Tendências.

Para ele, também ainda há o fator “incerteza fiscal”, que deve manter o freio puxado na queda dos juros pelo menos até novembro.

— Embora o governo tenha estabelecido uma meta fiscal abaixo do que o mercado esperava (déficit de R$ 139 bilhões), ela depende da aprovação de um teto para os gastos do governo no Congresso. Portanto, o BC deve aguardar essa votação antes de começar um movimento de queda nos juros — afirma o economista.

Na Tendências, a expectativa é que a inflação deve manter a trajetória de queda, ajudada pela desvalorização do dólar frente ao real, com o IPCA chegando ao final do ano em 7,4%. Para Campos Neto, o BC inicia a baixa dos juros em novembro e mantém essa tendência ao longo de 2017, com a Selic chegando a 11,7% ao final do ano, quando a inflação deve chegar a 5%.

— Ainda é um número acima da meta, mas muito mais próximo do centro — diz ele.

O estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno, concorda que apesar do discurso de austeridade do governo, ainda não foram entregues resultados tangíveis no front fiscal. Isso, diz ele, favorece a prudência do BC em relação aos juros.

— A Selic só deve começar a cair em outubro, quando o cenário fiscal terá evoluído. O câmbio também pode ajudar a derrubar a inflação, que está em queda, mas não deve convergir para o centro da meta em 2017 — observa Rostagno, que espera a Selic em 13,25% no final deste ano e em 11,5% no final do ano que vem.

Para a inflação, a previsão do banco Mizuho é de um IPCA de 7,11% este ano e de 5,10% em 2017.

Ele pondera, entretanto, que se a economia americana der sinais de que voltou a crescer em ritmo mais forte, e os juros forem elevados pelo Federal Reserve (o banco central americano), o início do corte de juros no Brasil pode ser adiado para novembro.

O economista-chefe da SulAmérica investimentos, Newton Rosa, afirma que a decisão do BC sobre os juros deve ficar em linha com o discurso mais conservador adotado pela nova diretoria, reafirmando o objetivo de levar a inflação para o centro da meta em 2017.

"Na prática, isso significa manter a Selic nos atuais 14,25%, já que o cenário atual não permite a flexibilização das condições monetárias. Acreditamos que o BC deverá iniciar o corte da taxa básica de juros nas últimas reuniões deste ano, em linha com um ambiente econômico recessivo, inflação corrente moderada, câmbio apreciado, endereçamento adequado do ajuste fiscal e recuo das expectativas inflacionárias" escreveu Rosa em relatório.

O economista Sergio Vale, da MB Associados, acredita que a Selic só começa a cair em outubro. Para ele, a sinalização do presidente do BC foi clara de que vai querer ver a consolidação fiscal e a inflação convergindo para 4,5% ano que vem para começar a derrubar a taxa.

— Vamos ter mais clareza desses assuntos lá para outubro e a taxa de câmbio também tende a ajudar muito nesse sentido. Com a apreciação do real em vista, podendo chegar a R$ 3,10 por dólar, até o final do ano, os modelos do BC vão começar a apontar IPCA mais baixo em 2017 e abrir espaço para a queda da Selic. Mas creio que o ponto central é a questão fiscal. O BC vai querer um sinal real de longo prazo para começar de fato a baixar a taxa — diz o economista.

Segundo ele, a consultoria estima que a Selic feche 2016 em 13,25% e chegue a 11,25% no final do ano que vem. Já para a inflação, a MB Associados espera um IPCA de 7,1% este ano e 5,3% ano que vem.

 

Fonte Extra de 20/07/2016


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