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Reunião do Mercosul termina sem consenso

BUENOS AIRES - O Mercosul continua mergulhado numa disputa interna cada vez mais tensa sobre o que fazer com a transferência da presidência pro tempore do bloco que, de acordo com o calendário oficial, deveria ser assumida este mês pela Venezuela. Ontem, sem a presença dos chanceleres do Brasil, José Serra, e da Argentina, Susana Malcorra, os demais ministros das Relações Exteriores do Mercosul e enviados dos governos brasileiro e argentino se reuniram em Montevidéu, na Uruguai, mas não conseguiram alcançar um consenso.

A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, que não fora convidada para o encontro, fez questão de ir até a capital uruguaia para pressionar seus sócios, além de reunir-se com dirigentes da governista Frente Ampla e de sindicatos locais, que respaldam a posição dos venezuelanos numa queda de braço que praticamente paralisou o bloco.

Em entrevista ao GLOBO por telefone, o chanceler do Paraguai Eladio Loizada afirmou que seu país está firme na decisão de não apoiar uma eventual presidência venezuelana, o que, na prática, impede que o Uruguai possa passar o bastão do Mercosul ao governo do presidente Nicolás Maduro, já que a medida requer consenso.

— Esta é uma questão de compromisso e de princípios. Todos dentro do Mercosul devemos ter os mesmos compromissos com a defesa dos direitos humanos e a democracia — afirmou Loizaga.

 

APOIO APENAS DO URUGUAI

 

A mesma opinião compartilham os governos de Brasil e Argentina. O único país disposto a entregar a presidência do bloco à Venezuela é o Uruguai, atualmente no comando. Segundo fontes uruguaias, a posição do governo Tabaré Vázquez tem mais a ver com pressões internas da Frente Ampla — dominada pela ala chefiada pelo ex-presidente José Mujica, aliado de Maduro — do que com convicções pessoais do chefe de Estado uruguaio.

— O chanceler Rodolfo Nin Noboa está muito pressionado, não pode aderir às posturas de Paraguai, Brasil e Argentina, porque seria castigado internamente — comentou fonte uruguaia, que pediu para não ser identificada.

O encontro de ontem terminou sem acordo e em clima de guerra entre a chanceler venezuelana e os governos que não querem que seu país assuma a presidência do bloco. Antes de encerrada a reunião, da qual não participou, Delcy disse a jornalistas que o entendimento estava fechado e que a Venezuela receberia a presidência do bloco nos próximos dias. Pouco depois, o chanceler uruguaio a desmentiu e confirmou que haveria um intervalo de alguns dias, para que seus colegas de pasta e demais negociadores fizessem consultas a seus respectivos presidentes.

— Cada país manteve sua posição — declarou Nin Noboa.

Irritada, a chanceler venezuelana disse que os representantes de Brasil e Paraguai não quiserem se reunir com ela e “se esconderam no banheiro”. `Perguntado sobre o comentário de Delcy, o chanceler paraguaio respondeu em tom de brincadeira:

— Se fui ao banheiro foi porque a natureza me obrigou. Achei que o diálogo (com a chanceler venezuelana) não seria produtivo, por isso pedi a Noboa que lhe transmitisse nossa visão.

 

CHANCELER VENEZUELANA CRITICA

 

Fiel a seu estilo intempestivo, Delcy disse ter sido barrada do encontro e acusou os representantes de Brasil e Paraguai de sofrerem de “Almagrites”, em referência ao secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), o uruguaio Luis Almagro, que tem criticado duramente o governo de Maduro.

— Esta é a má educação da direita da região, que pretende não reconhecer as normas de funcionamento do Mercosul — alfinetou a chanceler venezuelana, que acusou Loizada.

 

Fonte Extra de 12/07/2016


 


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