Após a segunda rodada de reuniões entre o Planalto e as centrais sindicais, que aconteceu nesta segunda-feira, para discutir a reforma da Previdência, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o governo enviará as propostas sobre o tema ao Congresso Nacional até o fim de julho. A principal ideia do governo é fixar uma idade mínima de 65 anos, para homens e mulheres, para a aposentadoria por tempo de contribuição do INSS.
A ideia inicial do governo era aguardar a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff para enviar a proposta ao Congresso. Na semana passada, porém, o governo sinalizou que pretende abandonar temas polêmicos para facilitar a aprovação da reforma.
— Acreditamos que o governo não incluirá a desvinculação do reajuste das aposentadorias do (aumento do) salário mínimo, pois é uma medida bastante impopular. Porém, a fixação da idade mínima já parece certa. A Previdência precisa disso para se manter pelos próximos 25 anos — disse o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
Segundo Juvenal Cim, representante da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), o governo recebeu bem algumas propostas dos trabalhadores:
— A que mais interessou foi a venda dos imóveis da Previdência, cerca de 2.485 bens, que não são usados pelo órgão. Além disso, o governo afirmou que pretende rever a desoneração às entidades filantrópicas (que não recolhem ao INSS), e se esforçar para aprovar no Congresso a MP dos Bingos (que autoriza os jogos de azar no país), o que daria fôlego para o caixa da Previdência.
Fonte Extra de 14/06/2016