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Notícias

Empresas voltam ao mercado oferecendo taxas gordas ao investidor

 Governo Temer 

Empresas e bancos de médio porte estão desengavetando projetos e decidiram captar recursos no mercado de capitais. E para isso oferecem taxas elevadas para competir com os juros do governo.

Para o pequeno investidor, é uma oportunidade de aplicar o dinheiro por médio e longo prazos com taxas superiores às do Tesouro Direto.

As desvantagens dessas aplicações, feitas via corretoras, são abrir mão de resgatar o dinheiro a qualquer momento e o risco maior do que o da dívida pública.

Uma das operações em curso é o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) do Iguatemi, empresa administradora de shoppings, que pretende levantar R$ 275 milhões com dívida de sete anos. A empresa prevê pagar taxa de 100% do CDI (taxa de juros cobrada nas operações realizadas entre os bancos, hoje em 14,13% ao ano) mais um prêmio de até 0,6% –ou seja, até 14,73% com o CDI atual.

A rentabilidade final, que é isenta de Imposto de Renda para pessoa física, vai depender da procura; quanto maior a demanda, menor a taxa. O prazo para reserva vai até 20 de junho e o valor mínimo aplicado é R$ 1.000.

A JSL (Julio Simões Logística) finaliza nesta semana uma captação de R$ 200 milhões com a venda de CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), outra aplicação isenta de IR para pessoa física. No caso da JSL, o título é de três anos e o valor mínimo aplicado, de R$ 1.000. A taxa prevista deve ficar em 100% do CDI mais um prêmio entre 1% e 1,8%, dependendo da demanda. O prazo para reserva termina nesta segunda (13).

Na sexta (10), a São Martinho anunciou a venda de R$ 300 milhões em CRA de três anos com valor inicial de R$ 1.000. Os detalhes serão conhecidos nesta semana. Também são esperadas operações semelhantes do Burger King e da Fazendas Bartira.

Apesar do baixo valor de compra, essas operações de CRA são para investidores qualificados, ou seja, quem já tem pelo menos R$ 1 milhão em aplicações.

Para o segundo semestre, a expectativa é que os projetos de infraestrutura retomem a captação de recursos por meio da venda de debêntures (dívida privada de longo prazo) incentivadas, também sem IR para pessoa física.

O risco dessas aplicações é basicamente o de a empresa não pagar. Não há cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) e o investidor tem que estar preparado para seguir com a aplicação até o vencimento. Para sair antes, terá de vender o título a outro investidor.

BANCOS MÉDIOS

Além desses títulos, há vários bancos de médio porte captando recursos por meio de CDB. A aplicação tem IR entre 22,5% (resgate antes de seis meses) a 15% (após dois anos) sobre o ganho, mas conta com cobertura do FGC de até R$ 250 mil.

Na corretora Easynvest, há CDB de quatro anos do Banco Original com taxa de 7,2% mais a correção pelo IPCA. Para efeito de comparação, o título Tesouro IPCA+ com vencimento em 2020 tinha taxa de 6,1% mais o IPCA na última sexta (10). Para quem prefere juros pós-fixados, o banco oferece 120% do CDI nesse prazo.

Na XP Investimentos, o CDB de três anos do banco BMG saía na sexta com juros de 117% do CDI. Já o CDB prefixado tinha taxa de 14,32%. No Tesouro Direto, por exemplo, o papel Tesouro Prefixado (antiga LTN) era vendido com juros de 12,6% ao ano na sexta (10).

Para Fabio Colombo, administrador de investimentos pessoais, além do risco maior de inadimplência nessas aplicações, o investidor deve ficar atento para a dificuldade de resgate antes do vencimento. Colombo recomenda ainda cuidado com as ofertas de títulos prefixados ou indexados ao IPCA que, como ocorre no Tesouro Direto, podem registrar fortes perdas se os juros da dívida do governo subirem. "É muito arriscado sair dos juros pós-fixados", disse.

Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, também ressalta a resistência da inflação e o risco de forte instabilidade no mercado de juros, o que também deve afetar os títulos do Tesouro Direto e os fundos de renda fixa em geral. "O momento é muito incerto ainda, a inflação é resistente, não sabemos como será o governo Temer e nem se a presidente Dilma voltará", disse.

ENTENDA

CRA (CERTIFICADO DE RECEBÍVEL DO AGRONEGÓCIO)
Título de dívida ligado a um contrato de financiamento do agronegócio. O risco não tem nada a ver com o financiamento atrelado, mas sim com o da empresa emissora da dívida. Não conta com cobertura do FGC, mas tem isenção de Imposto de Renda para pessoa física

CRI (CERTIFICADO DE RECEBÍVEL IMOBILIÁRIO)
Título de dívida ligado a um contrato de financiamento imobiliário. O risco não tem nada a ver com o financiamento atrelado, mas sim com o da empresa emissora da dívida. Não conta com cobertura do FGC, mas tem isenção de Imposto de Renda para pessoa física

DEBÊNTURE INCENTIVADA
Título de dívida ligado a uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) de projeto de infraestrutura previamente carimbado pelo governo para obter incentivo fiscal. O risco é o de calote do projeto de infraestrutura. Não conta com cobertura do FGC, mas tem isenção de Imposto de Renda para pessoa física

CDB (CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO)
Título de dívida privada emitido por um banco. O risco é o do banco não pagar, mas conta com cobertura de até R$ 250 mil do FGC. Paga IR (Imposto de Renda) sobre o ganho nas alíquotas entre 22,5% (resgate antes de seis meses) e 15% (após dois anos)

FGC (FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS)
Fundo privado constituído pelas contribuições dos depósitos do conjunto de investidores. Serve para indenizar os depositantes em caso de quebra da instituição financeira até o limite de R$ 250 mil por CPF por banco

CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO)
Taxa de juros pós-fixada dos empréstimos entre bancos e instituições financeiras. Segue de perto a taxa Selic, a meta dos juros da dívida pós-fixada do governo. Na prática, é o piso dos juros privados e a principal referência do custo de capital no país. Toda taxa acima do CDI, inclui um prêmio para compensar os riscos de inadimplência, liquidez, variação etc; abaixo disso, desconta um subsídio ou custo 

FONTE: FOLHA SÃO PAULO 13/06/2016


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