Após um período turbulento na gestão do Sindicato dos Comerciários do Rio (SEC-RJ), a nova presidência da entidade lançou a campanha salarial deste ano. Desta vez, a entidade que representa os empregados no comércio levou a pauta de reivindicações da categoria para a televisão. Até o dia 5 de junho, três grandes redes de TV exibirão inserções em defesa dos trabalhadores.
Entre as reivindicações, o setor pede que as pautas aprovadas em assembleia e apresentadas aos sindicatos patronais sejam aprovadas. O sindicato quer um aumento de 15% para os salários, além da elevação do piso da categoria, do fim do banco de horas e da fixação do valor do auxílio-alimentação em R$ 25. Para o auxílio-creche, o sindicato exige que empresas com até 50 empregados paguem R$ 180; entre 51 e 100, R$ 360; e, acima de cem funcionários, R$ 540. A categoria ainda busca melhorias no plano de saúde e no seguro de vida, garantia de emprego nos 24 meses anteriores à aposentadoria, benefícios integrais aos empregados menores de idade, e estabilidade de seis meses para as gestantes após o fim do período de licença-maternidade.
O comércio tem pisos salariais diferentes, dependendo do setor. Quem trabalha nas empresas ligadas ao Sindicato dos Lojistas do Comércio (SindiLojas) conta com duas faixas: a primeira tem valor atual de R$ 965; e a segunda, de R$ 976. Para quem trabalha nas empresas ligadas ao Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (SindiGêneros), como os funcionários de supermercados e mercearias, o piso é de R$ 981.
— A campanha é um marco, pois, pela primeira vez em mais de 50 anos, o sindicato luta de verdade em defesa dos comerciários. Fizemos questão de usar todos os meios possíveis para mobilizar a categoria, composta por mais de 400 mil trabalhadores — disse Márcio Ayer, presidente do SEC-RJ.
Fonte Extra de 31/05/2016