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Em abril, mais da metade dos reajustes salariais ficam abaixo da inflação

RIO - Em abril deste ano, 51% das negociações salariais resultaram em reajustes abaixo da inflação. No mesmo mês do ano passado, essa porcentagem representava 32% do total. Mesmo que mais da metade das negociações tenham ficado abaixo do INPC no último mês, os reajustes aumentaram em abril. Os dados são do relatório “Salariômetro”, estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, divulgado mensalmente.

— Quando a inflação está em 11% ou 12%, é muito difícil repor. Com um índice de 10%, fica mais fácil. Não é que os reajustes estão majoritariamente acima da inflação, mas a parcela dos que ficaram abaixo é menor. É uma reação, está menos ruim — analisa Hélio Zylberstajn, coordenador do estudo e professor da USP.

No último mês foram contabilizadas 661 negociações. Destas, 184 foram referentes a reajustes de salários, sendo que 152 se tratam de acordos entre empresas e sindicatos e 32 foram estabelecidos por convenções entre sindicatos patronais e trabalhistas. Dos 21 que estabeleceram redução salarial, apenas 3 usaram o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). A mediana dos ajustes salariais no mês foi 9,9%, ficando igual à inflação acumulada nos 12 meses anteriores.

De acordo com o relatório da Fipe, a folha salarial caiu de R$ 103,3 bilhões em fevereiro de 2015 para R$ 96,2 bilhões no mesmo mês deste ano (último dado dessazonalizado), o que representa queda de 6,9% no período. A massa salarial, a soma de todos os salários pagos aos trabalhadores durante o ano, caiu. E o piso apresentou perdas em termos nominais e ligeira queda em relação ao mês anterior. A mediana de abril foi de R$ 1.000, 1,1% menor que o valor de R$ 1.011 registrado em março. Uma das consequências da compressão salarial é a retração do consumo.

— O piso estava mais distante do salário mínimo. O piso desse mês foi R$ 1.000 e em março de 2015 foi R$ 1.011. Houve uma redução em termos reais. Isso significa perda de poder de compra, ele não está acompanhando a inflação — explica Zylberstajn.

As categorias que apresentaram os maiores ajustes salariais nos últimos 12 meses foram confecções e vestuários (0,7%), bancos e serviços financeiros (0,7%), transporte, armazenagem e comunicação (0,2%), reparo de eletroeletrônicos (0,1%) e indústria cinematográfica e fotografia (0,1%). As áreas com os menores ajustes foram extração e refino de petróleo (-3,9%), agronegócio de cana (-1,3%) e indústria do vidro (-1,3%) e feiras, eventos e divulgação (-0,8%).

Por região, os três estados do sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul encabeçam a lista dos maiores reajustes respectivamente. Enquanto Roraima. Espírito Santo e Amazonas apresentam os índices mais baixos.

— Os ganhos na confecção são frutos da desvalorização do real e da menor competição externa. Em relação aos bancos, a negociação acontece uma vez por ano e da última vez eles conseguiram aumentos reais — avalia o economista.

FLEXIBILIZAÇÃO DA CLT

Sobre o projeto do governo interino de flexibilização da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, o economista afirmou que ainda é cedo para um diagnóstico. As propostas podem ter efeitos positivos ou negativos, depende da maneira que as mudanças serão colocadas em prática:

— Aparentemente o que o governo quer é promover as negociações coletivas e até conceder um status superior ao da CLT. Pode ser uma boa ideia ou não, pode ser uma má ideia também. Depende da representatividade dos sindicatos. Com a possibilidade de superar legislação sem sindicato representativo, entra-se em um mundo ruim. Só poderia funcionar com sindicatos representativos.


Fonte: Extra 24.05.16


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