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Pré-sal faz Petrobras reinjetar mais gás natural no subsolo

 

Um volume de gás natural equivalente ao que o Brasil importa da Bolívia foi reinjetado pela Petrobras nos reservatórios de petróleo em janeiro. Isto é, o gás foi produzido, mas não chegou ao mercado por falta de infraestrutura de transporte até o continente.

O crescimento acelerado da reinjeção de gás acompanha o aumento da produção de petróleo no pré-sal e, para especialistas, revela falta de planejamento da estatal.

"O Brasil está desperdiçando um recurso nacional enquanto importa de outros países", diz Paulo César Ribeiro Lima, consultor da Câmara dos Deputados especialista em petróleo e gás.

Em janeiro, enquanto reinjetou 30,4 milhões de metros cúbicos por dia nos poços, a Petrobras gastou US$ 154,5 milhões importando 31,7 milhões de metros cúbicos por dia da Bolívia.

Além disso, pagou outros US$ 115,7 milhões para comprar 14,1 milhões de metros cúbicos por dia na forma de gás natural liquefeito (GNL).

Parte desses recursos poderia ser economizada caso houvessem gasodutos para trazer o gás do pré-sal ao mercado. A reinjeção de gás natural nos reservatórios de petróleo cresceu em ritmo acelerado: o volume registrado em janeiro equivale a quase três vezes a média de 2013.

Quase todo o gás produzido em campos marítimos no Brasil sai dos poços misturado ao petróleo, o que é conhecido como "gás associado".

Principalmente em campos mais antigos, a reinjeção pode ser uma estratégia para aumentar a pressão dos reservatórios e acelerar a extração de petróleo.

A preocupação do mercado, porém, é o fato de que grande parte da reinjeção é feita na Bacia de Santos, onde estão os campos do pré-sal.

Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em janeiro a Petrobras aproveitou cerca de metade da produção de gás na região: dos 38,1 milhões de metros cúbicos produzidos por dia, apenas 19,9 milhões chegaram ao mercado.

"É uma situação preocupante, sobretudo porque o gás associado tem um custo de produção menor", diz a gerente de energia da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Camila Schoti.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) admite que "a reinjeção observada nos últimos meses foi a alternativa adotada para permitir a elevação na produção de petróleo, sem a ampliação na queima de gás".

O MME diz que a inauguração de um gasoduto ligando a Bacia de Santos a Macaé (RJ) -Rota 2- "deve contribuir significativamente para a redução da reinjeção".

Com capacidade para transportar 13 milhões de metros cúbicos por dia, o gasoduto deveria ter entrado em operação no segundo semestre de 2015, mas só ficou pronto no final de fevereiro.

A expectativa do mercado é de que, com a entrada do novo gasoduto, a queda no consumo devido à crise e o desligamento das térmicas, as importações sejam reduzidas.

Procurada, a Petrobras afirmou que o gasoduto Rota 2 reduzirá a reinjeção de gás. A empresa disse ainda que parte da reinjeção atende tem como objetivo estocar gás em momentos de mercado mais fraco e serve para descartar o gás carbônico dos poços.

PREÇO

A Abrace reclama que o preço do gás no Brasil não acompanhou a queda das cotações internacionais, o que vem prejudicando a competitividade da indústria frente a concorrentes no exterior.

Para resolver a situação, defende uma política que incentive a entrada de novos agentes no mercado.

ENTENDA A REINJEÇÃO DO GÁS

Como é feita?
Depois de ser separado do petróleo, o gás pode ser reinjetado nos reservatórios por meio de dutos construídos especialmente para esse fim

Por que é reinjetado?
Pode ser feito para melhorar a produção do óleo porque aumenta a pressão do reservatório. Também server para estocar o combustível quando cai a demanda ou em caso de deficiências de infraestrutura de escoamento

Pode ser reutilizado?
Sim, pode ser produzido novamente ao longo das operações do campo, mas há perdas no processo 

 


FONTE: FOLHA S. PAULO 04/04/2016

 


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