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Notícias

Benefício fiscal é pouco atraente

 

Autor(es): ANA D"ANGELO

 

 

Modalidade que permite o abatimento no IR dos depósitos é a menos contratada. Para especialistas, aplicação no Tesouro Direto é mais vantajosa que previdência privada

 O principal atrativo alardeado nas últimas duas décadas para atrair os clientes aos planos de previdência aberta não tem interessado a maioria dos brasileiros que poupa para ter aposentadoria complementar à do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O plano que permite abater na declaração anual do Imposto de Renda (IR) os valores depositados até o limite de 12% dos rendimentos tributáveis — o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) — é o menos contratado no país, com 22% do total da carteira de investimentos do setor.

A maioria dos recursos — 62,2% — está no Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Os demais 15,7% são dos antigos planos tradicionais, não mais ofertados no mercado. A fatia do VGBL aumenta expressivamente a cada ano desde 2004, enquanto a dos demais só diminui. Estatísticas da Federação Nacional de Previdência Aberta (FenaPrevi) mostram que os recursos dos PGBLs e dos planos tradicionais estão minguando: 87% das receitas em 2012 foram para os VGBLs. Em 2004, essa modalidade de plano abocanhava bem menos — 55,7% — dos valores aplicados.

A FenaPrevi admite que o incentivo fiscal é só para quem apresenta declaração completa do IR. A maioria dos brasileiros presta contas pelo modelo simplificado. Além disso, só pode usá-lo quem contribui para o
INSS ou para a previdência do servidor público.

“Para ganhar num fundo de previdência, o cliente tem de verificar as taxas cobradas pela instituição antes e depois, definir 20 ou 30 anos antes qual a forma de tributação que pode ser mais conveniente para ele e fazer um monte de contas para concluir se vale a pena”, afirma o diretor do Easynvest, plataforma de negociação da internet da Título Corretora, Amerson Magalhães.

Os analistas lembram que a projeção de renda mensal do plano de previdência de quem contratou há alguns anos foi feita com base em rentabilidade alta, de 6% a 8% ao ano, acima da inflação. Atualmente, os fundos de investimentos em geral, incluindo os de previdência, não têm conseguido nem bater a variação do custo de vida, pouco acima de 6% no ano. Com taxa Selic baixa, o desafio dos investidores é obter 2% ou 3% de rendimento real (acima da inflação) nas aplicações de renda fixa. É possível obter mais em outros investimentos, como o de ações, porém o risco é alto.

Carteira própria
Para Magalhães, poupadores disciplinados têm à disposição tipos de aplicação parecidos com a de um fundo de plano de previdência, mas com custos menores, o que no fim resultará em melhores rendimentos. Umas das opções, pontua o especialista, é o Tesouro Direto, da Secretaria do Tesouro Nacional. Trata-se de uma oportunidade que o governo oferece às pessoas físicas para que possam comprar diretamente os mesmos títulos públicos que as instituições financeiras adquirem e colocam na carteira dos fundos de renda fixa.

No Tesouro Direito, não é preciso pagar a taxa de administração (aquela que chega a 3% ao ano) nem submeter-se ao chamado come-cotas, a cobrança antecipada de IR de 15% a cada seis meses sobre o ganho dos fundos de investimento de renda fixa dos bancos. O custo da aquisição dos títulos públicos é a taxa de corretagem na compra de papéis, que não passa de 0,4%, a depender do banco ou da corretora, além dos encargos para custódia dos títulos. Tudo sai por, no máximo, em torno de 0,43%, inicialmente. Com o passar dos meses, esse custo é diluído.

Com aplicação inicial de R$ 80, é possível comprar os títulos, que podem ser vendidos semanalmente, oferecendo liquidez. Uma opção é montar uma carteira que contenha os quatro tipos de papéis oferecidos pelo governo — atrelados à Selic e ao índice de inflação, pós ou prefixados.

Mix de aplicações
É possível ao próprio investidor mesclar parte de renda fixa (no caso, o Tesouro Direto) com ações, combinação que é oferecida por fundos de planos de previdência. Há a possibilidade de recorrer aos chamados ETFs (Exchange Trade Funds), fundos de índices, cujas cotas podem ser compradas e vendidas diretamente por pessoas físicas, utilizando o Home Broker — plataforma de negociação da Bolsa de Valores de São Paulo na internet. Eles representam uma cesta diversificada de ações, montada a partir de um conjunto de empresas de determinado setor da atividade econômica, como o de bancos ou de empresas ligadas ao consumo interno ou que pagam melhores dividendos.

A Ativa Corretora recomenda que o dinheiro destinado à aposentadoria complementar deveria se concentrar em investimentos mais conservadores, que garantam rentabilidade equivalente à inflação mais uma taxa de juro real, seja por meio de fundos de instituições financeiras, seja pelo Tesouro Direto.

“Quem está aderindo a um plano de previdência pretende manter o mesmo padrão de compra no futuro. E a única forma de garantir isso é por meio de uma aplicação atrelada ao índice inflação, a referência mais confiável”, observa o diretor de Gestão de Recursos de Terceiros da Ativa Corretora, Arnaldo Augusto Curvello. Para ele, isso não impede que o poupador busque ganhos maiores em aplicações de maior risco, como as bolsas. Porém, alerta, não se devem misturar os valores alocados em uma e outra modalidade.

 Fonte : Correio Braziliense

 


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