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Empresas buscam fontes alternativas de financiamento

As restrições nos mercados de dívida levaram companhias a buscar fontes alternativas de financiamento. As emissões externas e locais mais tradicionais - como as de bônus - estão praticamente congeladas com demanda baixa e custos altos e, neste cenário, operações com bancos de fomento e agências de crédito internacionais surgem como opção.

A operadora de telecomunicações Oi, por exemplo, firmou memorando de entendimento com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês) e deve assinar um acordo de financiamento de US$ 1,2 bilhão em dezembro. O presidente da companhia, Bayard Gontijo, afirmou que as condições do mercado pioraram de forma relevante nos últimos meses, o que afastou a Oi de novas captações no terceiro trimestre.

A empresa tem dívidas vencendo no curto prazo e quer levantar o dinheiro para refinanciar passivos e pagar a compra de equipamentos da fabricante chinesa Huawei. A Oi afirma que o empréstimo é de longo prazo e tem custo competitivo.

A Petrobras, que também possui elevada alavancagem, busca outras fontes de financiamento. Após suspender uma emissão de R$ 3 bilhões em debêntures por causa das condições do mercado, a companhia anunciou que negocia empréstimo de US$ 1,84 bilhão com agências de crédito à exportação de Itália, Reino Unido, Japão e Áustria. Essas operações representam pré-financiamento para 2016. Na divulgação do balanço do terceiro trimestre, a Petrobras disse ainda que considera a securitização de fluxos de exportação como alternativa para melhorar o caixa.

"Hoje vemos grandes restrições em operações locais de dívida e o mercado externo está fechado. As companhias têm espaço para negociar o alongamento de linhas de crédito com os bancos, mas para dívidas emitidas no mercado de capitais o espaço é muito menor", diz Ricardo Carvalho, diretor sênior de rating corporativo da agência de classificação de risco Fitch. As incertezas políticas, a deterioração da economia e o juro alto, além do câmbio volátil, deixam o investidor mais avesso ao risco.

O sócio da área de mercado de capitais do escritório TozziniFreire, Alexei Bonamin, acredita que o mercado de dívida não deve ser mesmo uma opção para as empresas. "O momento está muito difícil para operações de nomes que não sejam óbvios. Além disso, eu não acredito que as companhias muito alavancadas vão querer pagar o preço do mercado e aumentar ainda mais as suas dívidas", diz o advogado.

Bonamin cita, em meio a esse cenário, o aumento da procura por operações "off balance", aquelas que não aumentam a alavancagem das empresas. O advogado estrutura duas grandes operações com essa finalidade atualmente. Um desenho possível para essa operação é uma securitização em que a companhia consegue transferir totalmente os riscos dos recebíveis.

A Eletrobras recebeu recentemente aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para captar R$ 1,25 bilhão para as suas distribuidoras com a constituição de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Fidc) com auxílio do Credit Suisse. Com base nos recebíveis das distribuidoras, a companhia vai captar até R$ 1 bilhão e os R$ 250 milhões restantes serão obtidos por meio de uma emissão de debêntures com o fundo.

Também na linha de operações menos tradicionais, a Ambev fez uma emissão de R$ 1 bilhão em debêntures focada no investidor estrangeiro, sendo que parte dos papéis teria sido comprada por empresa do próprio conglomerado de bebidas, de acordo com uma fonte. Os títulos foram prefixados.

Recentemente, o presidente da Energias do Brasil, Miguel Setas, afirmou que não é um bom momento para ir ao mercado levantar recursos. Segundo ele, a própria empresa teve um custo mais elevado do que o esperado em uma emissão de R$ 750 milhões em debêntures feita em setembro.

De acordo com levantamento feito pela Anbima, R$ 30 bilhões em debêntures vão vencer ao longo de 2016.

24/11/2015 - Fonte:  Valor Online


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