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Sete Brasil tem valor reduzido a R$ 3,7 bilhões

Está registrado. O melhor cenário previsto para os acionistas da Sete Brasil é recuperar 44% dos R$ 8,4 bilhões que foram investidos para formação do capital da companhia, ou seja, R$ 3,7 bilhões.

Em outubro, conforme o Valor apurou, a Caixa Econômica Federal (CEF), administradora e gestora do fundo de investimento controlador da empresa, o FIP Sondas, reduziu o valor de mercado do negócio para 44% do inicial.

Na prática, o ajuste no FIP Sondas significa assumir que R$ 4,7 bilhões foram perdidos pelos acionistas, ainda que a reestruturação em curso tenha sucesso.

Antes disso, o valor da Sete Brasil registrado pelo fundo estava em 88% do capital aplicado (R$ 7,4 bilhões), conforme dados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O ajuste a 44% não é público. O fundo divulga suas informações semestralmente e a próxima atualização será em dezembro.

No fim de 2014, a Sete era avaliada e registrada por mais de R$ 10 bilhões pelo FIP Sondas. A assunção de que haveria perda do dinheiro só ocorreu neste ano.

A Sete Brasil é controlada pelo fundo, que possui diversos investidores, sendo o BTG Pactual o principal, com cerca de 25%. Mas o negócio é dividido com Santander e Bradesco, entre os bancos privados. E também estão entre os acionistas, o fundo de pensão da CEF, Funcef, e o fundo que aplica os recursos do FGTS (FI-FGTS).

A própria Petrobras e sua fundação, a Petros, estão expostas ao negócio. A estatal idealizou a Sete.

O esforço de reorganização da empresa, para conseguir que construa e detenha 15 das 28 sondas que teria inicialmente, visa "recuperar" parte do capital aplicado. Não se trata mais de remuneração do investimento. Esse sonho já ficou para trás.

O valor final a ser efetivamente recuperado ainda depende de uma série de variáveis que não estão fechadas. Pela reestruturação em andamento, a Sete Brasil deve ter dois novos sócios, que trarão, no total R$ 1,9 bilhão à empresa. Assim, o montante a ser recuperado por sócio ainda será diluído.

O BTG Pactual é apenas acionista da Sete. O banco não concedeu empréstimos. A exposição total da instituição era da ordem de R$ 2 bilhões. Desse valor, R$ 1,1 bilhão foi aplicado pelo próprio banco e o restante foram recursos de terceiros, por meio de um fundo de investimento em participações voltado à infraestrutura com diversos outros empreendimentos.

Com o ajuste no FIP Sondas, significaria dizer que a instituição de André Esteves teria a recuperar menos de R$ 900 milhões, entre capital próprio e de terceiros.

Ao longo deste ano, o BTG Pactual já fez três ajustes em seu balanço para diminuir o valor registrado de Sete. No terceiro trimestre, o banco fez uma baixa de R$ 900 milhões no setor de óleo e gás. Mas não há como saber, precisamente, qual o valor atribuído à holding de sondas. Esteves, na coletiva sobre o balanço do banco na semana passada, disse que a partir de agora qualquer nova baixa nesse projeto não seria mais relevante dentro dos números da casa, indicando avaliação mais conservadora que da própria CEF.

O potencial de dano econômico da Sete Brasil, porém, é superior aos R$ 8,4 bilhões aportados na empresa. É preciso somar a esse montante os US$ 3,6 bilhões em empréstimos feitos à empresa.

Os bancos Santander e Bradesco têm exposição semelhante a do BTG Pactual, mas a maior parte em dívida - não em capital, como sócios. A vantagem é que, caso o projeto naufrague, existe expectativa de cobertura de 30% do débito pelo Fundo de Garantia para Construção Naval (FGCN).

A exposição do Banco Itaú também não difere significativamente dos demais competidores privados, mas integralmente em dívida.

Dos US$ 3,6 bilhões de empréstimos que a Sete Brasil contratou com um grupo de bancos, Santander e Bradesco emprestaram mais de US$ 500 milhões, cada (o aporte em capital de cada foi de R$ 500 milhões). O Itaú concedeu mais de US$ 700 milhões em crédito.

Mas em caso de encerramento do projeto e liquidação da Sete Brasil, são as sociedades públicas as mais expostas ao risco e as maiores perdedoras. Juntos, os bancos públicos federais, CEF e Banco do Brasil (BB), a Petrobras e ainda fundos de pensão de estatais têm, entre dívida e capital, cerca de R$ 10 bilhões a perder - já descontadas as coberturas do FGCN. A perda máxima dos bancos privados seria da ordem de R$ 6,5 bilhões.

O Banco do Brasil é o maior credor, com empréstimo de US$ 1,3 bilhão. A CEF concedeu US$ 450 milhões. No caso da Caixa, a exposição total beira R$ 4,5 bilhões, somando empréstimos e aportes de capital de Funcef e FI-FGTS. Após o FGCN, a perda máxima seria de R$ 3,5 bilhões. No caso do BB, o prejuízo ficaria perto de R$ 4 bilhões.

Já a Petrobras, com 10% da Sete Brasil, mais a fundação Petros, tem exposição total de R$ 2,5 bilhões.

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11/11/2015 - Fonte: GS NEWS 


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