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Juros cedem, mas incerteza permanece

Os juros futuros recuaram ontem na BM&F, com os investidores reduzindo parte dos prêmios de risco. Incertezas no cenário político e fiscal, no entanto, limitam uma correção maior das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) e mantêm a pressão de alta do dólar no mercado local. A moeda americana subiu 0,77% ontem, para encerrar a R$ 3,9196.

O contrato DI para janeiro de 2017 caiu de 15,35% para 15,32% na BM&F, enquanto o DI para janeiro de 2021 recuou de 15,96% para 15,92%. "O mercado já precificou os movimentos de política monetária e agora o que temos na curva de juros são os prêmios de riscos", afirma Christiano Clemente, diretor operacional da Tullet Prebon.

As perspectivas para as contas fiscais impedem um aumento da confiança entre agentes de mercado. Investidores aguardam o anúncio da revisão da meta de superávit primário para este ano, que estava previsto para sexta-feira e foi adiado. A expectativa é que o governo reconheça um déficit nas contas públicas.

Essas incertezas têm levado o mercado a exigir um prêmio mais alto nos títulos públicos prefixados, obrigando o Tesouro Nacional a colocar títulos com prazos mais curtos para não elevar o custo da dívida pública. Ontem, o coordenador-geral de operações da dívida pública, José Franco, disse que o Tesouro está limitando a emissão de papéis indexados ao IPCA de longo prazo para não travar o custo elevado durante muito tempo, mas que continua disposto a ofertar Notas do Tesouro Nacional -série B (NTN-B) com vencimento até 2023.

"Há muito apetite por papéis de curto prazo, uma vez que o Banco Central deixou de fazer as operações compromissadas com prazo de seis meses e falta lastro do mercado", afirma Clemente.

Franco ainda ressaltou que os leilões extraordinários de compra e venda de títulos realizados pelo Tesouro em setembro resultaram em uma emissão líquida de R$ 34,4 bilhões e contribuíram para reforçar o caixa do Tesouro. Com isso, a dívida mobiliária federal cresceu 1,80% em setembro, somando R$ 2,735 trilhões, encostando no teto de R$ 2,8 trilhões estabelecido no Plano Anual de Financiamento (PAF).

Para Clemente, o risco de o Tesouro estourar o teto da meta é baixo, dado que em novembro estão previsto apenas o vencimento de R$ 7,8 bilhões referentes ao pagamento de cupom, e dezembro costuma ser um mês mais fraco para emissões. "O Tesouro não tem grandes vencimentos até o fim do ano e a rolagem da dívida está tranquila", diz.

A incerteza no cenário fiscal e o fato de o BC ter sinalizado o abandono do compromisso de levar a inflação para a meta no fim de 2016 e buscar a convergência mais à frente contribuíram para a continuidade do avanço das expectativas de inflação. No Boletim Focus, divulgado ontem, a mediana das estimativas para o IPCA para 2016 passou de 6,12% para 6,22%, enquanto a mediana das projeções para 2017, que passou a ser o alvo do BC, está em 5%, acima do teto da meta de 4,5%.

Após a sinalização do BC de manutenção da taxa de juros por período prolongado, os analistas revisaram a projeção de corte para a Selic no ano que vem, esperando uma taxa de juros de 13% ao fim de 2016, ante 12,75% na estimativa anterior, com a previsão de corte de juros a partir de julho do ano que vem.

27/10/2015 - Fonte:  Valor Online


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