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Perda com defasagem do preço dos combustíveis cai até R$ 20 bi

A elevação dos preços dos combustíveis anunciada pela Petrobras no fim de setembro acompanhada por um cenário de queda do petróleo no mercado internacional ajudaram a reduzir em cerca de R$ 20 bilhões as perdas que a estatal vinha acumulando desde 2011 com a venda da gasolina e do diesel em desvantagem no mercado interno. Na avaliação de especialistas, se o real não tivesse se desvalorizado tanto e a preocupação com a inflação não pesasse tão fortemente nas decisões da estatal, a recuperação poderia ter ocorrido em um ritmo mais forte - um alento importante em um momento difícil para a companhia.

Nas contas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), as perdas totais acumuladas pela Petrobras com a defasagem de preços internos em relação ao mercado internacional chegam a R$ 60 bilhões, mas já estiveram em níveis bem mais altos, ao redor de R$ 77 bilhões em outubro do ano passado. A queda foi puxada especialmente pelo diesel, responsável pelo maior faturamento da empresa e hoje negociado com grande vantagem sobre os preços externos.

Para a GO Associados, as perdas líquidas acumuladas com a venda da gasolina e do diesel no mercado local, mais os custos relacionados à operação (o que inclui frete, por exemplo), devem totalizar R$ 55,4 bilhões no fim deste mês, em comparação ao pico de R$ 74,6 bilhões atingido em outubro de 2014 - uma redução expressiva de R$ 19,2 bilhões ao longo dos últimos doze meses.

As duas consultorias contabilizam as perdas registradas pela Petrobras com a venda dos combustíveis em desvantagem no mercado interno desde janeiro de 2011 - o que consideram ser o início de um processo de uso mais intenso da política de não corrigir os preços domésticos de gasolina e de diesel como forma de evitar pressão inflacionária.

Para Adriano Pires, diretor do CBIE, infelizmente o último aumento da gasolina não foi maior do que os 6% porque o governo temia pela inflação, que poderia ultrapassar dois dígitos. "A gasolina é inflação na veia". Para os economistas, uma elevação dos preços da gasolina ao consumidor final em cerca de 10% adiciona até 0,4 ponto percentual ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Pires diz ainda que "o azar" da Petrobras foi a desvalorização muito forte do real. "Se o dólar continuasse na casa dos R$ 3, as perdas poderiam ter sido reduzidas para R$ 30 bilhões", diz.

Para Fabio Silveira, diretor de pesquisas econômicas da GO Associados, o lado positivo dos números é mostrar que a empresa está tentando melhorar o seu desempenho operacional em um ambiente que qualifica como "catastrófico". "O petróleo a US$ 50 é ruim para uma empresa que tem que explorar e exportar petróleo, fora o ambiente criado pela Lava-Jato e sem falar na crise que vai fazer com que o consumidor reduza seu consumo de combustíveis".

Segundo Silveira, o preço do litro da gasolina no mercado externo atingiu R$ 1,61 em setembro de 2014, caindo para R$ 0,99 em novembro, uma queda "estrondosa", em sua avaliação. A previsão para este mês é que o litro do combustível seja vendido a R$ 1,41 lá fora, ante R$ 1,53 no mercado local.

Para Pires, contudo, a empresa segue sem um política de preços errática. Marcio Marcio Balthazar, sócio da Natgas Economics, concorda. Para ele, seria preciso deixar claro se o modelo é privilegiar ou não a gasolina, de modo a abrir espaço para um planejamento energético mais amplo.

16/10/2015 - Fonte:  Valor Online


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