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Com os juros em alta, dívida pública dispara e chega a R$ 2,8 trilhões

O governo está cada vez mais endividado, os juros não param de subir e os prazos da dívida pública ficam cada vez mais curtos. Conforme dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, a dívida pública federal total cresceu 3,61% somente em agosto, passando de R$ 2,6 trilhões, em julho, para R$ 2,8 trilhões. Além disso, a média dos juros pagos pelos títulos públicos no mercado interno e no externo subiu de 14,99% para 15,93% ao ano, a maior taxa desde fevereiro de 2009.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, José Franco, destacou que o aumento dos juros foi influenciado pelo alta do dólar. Segundo ele, enquanto o custo médio da dívida no mercado doméstico subiu de 13,26% para 13,53% ao ano, o do internacional passou de 50% para 62,11% ao ano, no mesmo período, devido à valorização de 7,45% da divisa. E o prazo médio dos papéis está diminuindo: caiu de 4,6 anos em julho para 4,56 em agosto. Com isso, o governo fica com tempo cada vez mais curto para honrar os compromissos.

Não à toa, aumentou o volume de títulos com vencimento nos próximos 12 meses. De 22,44% do total da dívida em julho, a participação passou para 25,20% em agosto, acima do máximo previsto no inicio do ano (25%). Franco minimizou o crescimento, afirmando que existem "razões técnicas" para o ocorrido. Segundo ele, no mês passado, venceram R$ 14,5 bilhões de títulos indexados à inflação (NTN-B) e houve a inclusão de notas com vencimento em 2016, cujo volume é bem maior: R$ 86,4 bilhões. "A expectativa é terminar o ano com os indicadores dentro do estabelecido pelo Plano Anual de Financiamento (PAF)", garantiu. "Em períodos de maior aversão ao risco, a tendência do investidor é encurtar a carteira."
Para o economista Alexandre Cabral, da NeoValue Investimentos, a piora do perfil da dívida é resultado das incertezas nas áreas política e financeira. "Os investidores evitam ficar com papéis de prazos mais longos porque querem minimizar as perdas", explicou. A insegurança afeta também os estrangeiros, que reduziram ligeiramente as posições em títulos da dívida do governo. A participação deles caiu de 19,56% do total, em julho, para 19,14%, em agosto.

Esses dados, no entanto, ainda não refletem o rebaixamento da nota de crédito dos títulos soberanos brasileiros pela Standard & Poor's, no último dia 9. "Não temos os dados de setembro fechados, mas a percepção que temos é que não foram observados fluxos de saída de investidores não residentes. A taxa de juros está elevada e isso faz com que eles tenham um melhor momento de entrada", afirmou Franco.

Apesar de afirmar que o Tesouro "não tem necessidade de financiamento externo", Franco não descartou a possibilidade de o governo fazer nova emissão de títulos públicos no mercado internacional neste ano. Para Cabral, da NeoValue, faz sentido o governo deixar essa porta aberta. "Isso mostra que ele está pensando em se endividar mais se não conseguir aumentar a arrecadação. Talvez eles queiram trabalhar com uma possível queda no dólar no futuro, o que poderia compensar uma taxa de juros mais alta neste momento", avaliou.

Leilão cancelado

A instabilidade do mercado, no entanto, tem tornado mais difícil a vida do Tesouro. Ontem, o órgão cancelou um leilão de compra e venda de Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) porque o juros pedidos pelos investidores foram muito altos. "Houve grande dispersão de preços", disse Franco. "O Tesouro suspendeu o leilão e se dispõe a recomprar os títulos a um preço justo. A mensagem básica é essa", assinalou.

Hoje, o órgão fará um leilão extraordinário de Letras do Tesouro Nacional (LTN), que são indexadas à Selic (taxa básica da economia). Também serão ofertadas NTN-F com vários vencimentos, de 2017 a 2025. Essa operação estava programada desde quinta-feira passada, quando foi anunciado um programa de leilões de recompra que terminará na próxima sexta-feira, com o objetivo de reduzir as incertezas do mercado.

29/09/2015 - Fonte:  Correio Braziliense Online 


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