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Economia fraca reduz comércio entre os países

A queda na atividade econômica doméstica e os baixos preços das commodities no mercado internacional estão refletindo diretamente na balança comercial entre Brasil e China. De acordo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente comercial entre janeiro e agosto ficou em US$ 47,9 bilhões, uma queda de 15% comparada ao mesmo período de 2014.

A baixa mais acentuada, em dólares, vem das exportações, compostas em cerca de 80% por soja, minério de ferro e petróleo bruto, que caíram 20%. Já as importações, com aproximadamente 90% de itens semimanufaturados e manufaturados (principalmente componentes eletrônicos e de informática, têxteis e produtos químicos), recuaram 9%. Devido à diferença de valor agregado dos principais itens da pauta, o saldo é positivo para o Brasil na ordem de US$ 3,1 bilhões, a exemplo do que vem acontecendo nos últimos anos no comércio bilateral, com exceção de 2007 e 2008.

O resultado é um retrato fiel do cenário econômico e não há expectativa de reversão, pelo menos para os próximos meses, ainda mais se for considerada a recente desvalorização de 2% do yuan frente ao dólar. Para o embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o quadro atual apresenta duas situações absolutamente distintas, com uma única certeza: o fluxo comercial vai continuar em queda até uma definição mais clara das políticas econômicas de ambos os países.

"Tanto a desvalorização do yuan como do real ainda não impactaram na corrente comercial. O momento é de encolhimento do comércio em razão da queda na atividade econômica. A China precisa resolver a ociosidade de seu parque industrial e transferir o seu modelo exportador para o mercado de consumo interno. Já o Brasil viveu um apogeu de crédito fácil e estímulo ao consumo, mas agora necessita de investimentos externos, de um ajuste fiscal e de uma retomada de competitividade da indústria".

O pessimismo do setor se justifica pelos números de agosto, que apresentaram um resultado de US$ 5,3 bilhões, 22% inferior ao do mesmo mês no ano passado. Na mesma base de comparação, as exportações ficaram 21% abaixo e as importações chinesas despencaram 22%. Sem projetar números para 2015, Daniel Godinho, secretário de comércio exterior do MDIC, atribui o comportamento da balança aos fatores de mercado, mas enxerga possibilidade de novas oportunidades para os exportadores nacionais.

" A queda nas exportações veio em função dos preços das commodities, caso da soja, que caiu 24%, do preço do ferro, que baixou 50%, e do petróleo bruto, com redução de 49%. No caso das importações, foi fruto da desaceleração econômica", diz.

No caso da indústria eletroeletrônica, as importações chinesas no primeiro semestre caíram 14,3%, passando de US$ 7,983 bilhões em 2014 para US$ 6,845 bilhões em 2015. "Mas observamos aumento no volume da soja exportada e presença de itens que até então não estavam presentes, como produtos cerâmicos", diz Godinho. Houve ainda o retorno das exportações de carne bovina, suspensas desde 2012, anunciada em maio durante visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao Brasil. Em poucos meses, o montante exportado alcançou US$ 141,277 milhões, com 27.847 toneladas.

Para o professor Hsia Hua Sheng, da FGV/EAESP, a queda nos preços das chamadas "hard commodities" como petróleo e minérios, pode ser gradativamente compensada pela inclusão na pauta de exportações de produtos alimentícios e itens de consumo, como sucos processados de frutas (frescas e secas), bens ligados à saúde, que sejam desenvolvidos por meio biotecnologia, e artigos de couro e vestuário com design diferenciado. "O Brasil precisa explorar o potencial de consumo da China. Mas o governo precisa retirar a carga tributária para que possam ser feitos investimentos em P&D", afirma.

Para Marcos Cintra, diretor adjunto da área internacional do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil deve buscar uma integração com os países vizinhos e promover um processo de substituição de importações.

28/09/2015 - Fonte:  Valor Online


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