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Gestores de renda fixa evitam longo prazo e risco de crédito

Ao reclassificar os fundos de renda fixa de acordo com o prazo médio dos títulos em carteira, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) expôs a fotografia de uma indústria bastante conservadora. Um dos sete novos tipos de fundos - o chamado duração baixa - concentra 48,4% do patrimônio da renda fixa, um total de R$ 1,35 trilhão, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

É no tipo duração baixa que se enquadram, a partir de 1º de outubro, os antigos curto prazo e DI, que têm como mandato acompanhar a taxa de juros, assim como outras carteiras de renda fixa que têm "duration" média inferior a 21 dias úteis.

O termo "duration", traduzido como duração pela Anbima para facilitar a popularização, na verdade não é o mesmo que prazo, lembra Rogério Braga, gestor de renda fixa da Quantitas. Na prática, explica, o investidor deve ver os novos tipos - duração baixa, média e soberana - como gradações de sensibilidade à taxa de juros.

Para o investidor com horizonte de investimento de curto prazo, que pode ter que resgatar em seis meses ou um ano, Braga recomenda a duração baixa. "A cota vai oscilar menos", diz. Já quem tem cinco anos ou pretende fazer uma reserva para a aposentadoria pode aproveitar os juros altos nos títulos prefixados e indexados à inflação ao optar pela duração média ou alta. A cota vai oscilar mais, ao sabor das expectativas para os juros. "Mas o retorno também tende a ser maior, porque tem um prêmio de risco embutido ali", diz o gestor.

Os fundos de duração média são 7,7% do total em renda fixa. Eles investem em ativos com duration média equivalente à do IRF-M, índice que reflete a variação de títulos prefixados. As carteiras de duração alta - as que se igualam ou superam a duration média do IMA-Geral, composto a partir dos retornos de títulos prefixados e indexados à inflação - são apenas 5,8% do total do patrimônio em renda fixa. Há ainda os de duração livre, com 29,5%, em que o mandato não define os prazos.

"Essa divisão é boa para que o investidor tenha noção do risco que está correndo", diz Luiz Eduardo Portella, sócio-gestor da Modal Asset Management. Ele lembra que os fundos de prazo mais longo sofrem mais em um momento de crise política como o atual.

A classificação por risco de crédito também mostra o conservadorismo da indústria - 63% do patrimônio em renda fixa está na subcategoria grau de investimento. Ela envolve os fundos que investem no mínimo 80% da carteira em títulos públicos federais e ativos com baixo risco de crédito.

Os números refletem a reclassificação por ora de 94% da base de fundos da Anbima. Os próprios gestores foram chamados a categorizar suas carteiras. Neste primeiro momento, pela comparação entre fundos similares, a Anbima já questionou dados informados para 10% dos fundos. Os gestores vão entrar agora em um processo de acomodação ao novo formato, que deve se encerrar em junho do ano que vem, segundo Hudson Bessa, gerente de base de dados e de informações da Anbima.

Falta ainda o investidor conservador de olho no curto prazo acostumar-se a buscar um fundo duração baixa soberano em vez de um fundo DI. Para Carlos Ambrósio, vice-presidente da Anbima e diretor-presidente da Claritas Investimentos, pode levar um tempo para a indústria virar a chave, mas a nova classificação tende a facilitar o diálogo, que deve passar agora por uma pergunta sobre o prazo em que o investidor vai precisar do dinheiro. "É esse tipo de conversa entre gerente e cliente que nós queremos estimular."

28/09/2015 - Fonte:  Valor Online


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