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Alta do dólar limita perdas na bolsa

A forte alta do dólar no ano tem ajudado o Ibovespa a cair menos. Apesar de os indicadores financeiros refletirem um quadro de estresse este ano - com origem externa e interna -, os ganhos das exportadoras e das empresas que têm receitas em moeda estrangeira têm cumprido o papel de amortecer as perdas da bolsa. Além disso, a desvalorização do índice em dólar limita a disposição dos estrangeiros em vender suas posições. No ano, o Ibovespa cai 5,48%. Já o dólar comercial teve valorização de 49,63%.

Analistas dizem que o movimento do dólar pode ter dois efeitos principais na Bovespa. O maior deles é geral. Em momentos de crise, como o atual, a aversão a risco se sobrepõe, o que gera vendas generalizadas de ações. Mas há também o impacto positivo, que vem dos resultados operacionais das empresas que ganham com o dólar mais alto.

Para Leonardo Milane, estrategista da Santander Corretora, a desvalorização do real acaba por criar uma espécie de piso para o Ibovespa em dólares. Na semana passada, o Ibovespa em dólar atingiu o menor nível desde setembro de 2005, em torno de 12.400 pontos. Naquela época, o dólar Ptax valia R$ 2,33 e o Ibovespa era negociado em 28 mil pontos.

O estrategista de ações para América Latina do Bank of America Merrill Lynch, Felipe Hirai, lembra que momentos de estresse fazem a taxa de risco subir, o que leva a uma revisão por parte dos gestores. Ele calcula que para cada 100 pontos na taxa de desconto usada pelos especialistas para projetar o preço de uma ação, o valor presente dos ativos em bolsa cai 12%. Mas há um movimento contrário. A cada depreciação de 10% no câmbio - que também é um termômetro de risco -, a tendência é de aumento de 3,5% no valor justo da Bovespa.

Atualmente, o estrangeiro negocia 52,5% do volume da bolsa e acumula um saldo positivo de R$ 17,7 bilhões no ano.

Reginaldo Alexandre, sócio da Proxycon e presidente da Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec), lembra que os valores em reais do Ibovespa são nominais e, corrigidos, se aproximariam do patamar de hoje. O dólar mais alto reflete estresse e riscos muito maiores atualmente, mas também mostra um Ibovespa bem mais barato para o estrangeiro.

Esse patamar, se não incentiva compras, ao menos não impulsiona novas vendas, diz Milane, do Santander. "O estrangeiro fica menos disposto a vender o Ibovespa, o que impede uma aceleração de retiradas de recursos do país", diz.

Já Eduardo Roche, sócio da Canepa , diz acreditar que o patamar baixo do índice em dólares não é garantia de fim das vendas dos estrangeiros. Segundo ele, os fundamentos do mercado brasileiro não justificam compras e o índice pode até cair mais. Álvaro Bandeira, economista do Modal, também afirma que a instabilidade política serve de trava para novos investimentos no país.

O fluxo mensal de capital externo na Bovespa foi negativo em julho. Em agosto, as saídas se ampliaram e chegaram a R$ 3,3 bilhões. Em setembro, estava negativo até o dia 17, quando virou e passou a mostrar ingresso líquido de R$ 94,985 milhões.

"Em algum momento, o Ibovespa vai andar, mas por uma mudança política", diz Roche, da Canepa. Segundo ele, as incertezas são enormes e mesmo um impeachment da presidente Dilma Rousseff voltou a ser comentado nas mesas de operações. Essa situação, diz, vem acompanhada de previsões ruins para a economia brasileira no ano que vem.

"Pode até ser que hedge funds vejam a oportunidade atual para comprar ações para um giro de curto prazo, mas os fundos long only [com foco no longo prazo] podem esperar mais. Dificilmente veremos um fluxo forte para o Ibovespa, porque os fundamentos são ruins", afirma. Os hedge funds são mais agressivos e podem comprar vários tipos de ativos para compor suas carteiras. Já os portfólios de longo prazo dependem mais dos fundamentos do país para alterar posições.

Em reais, o Ibovespa atingiu sua máxima histórica - 73.516 pontos - em maio de 2008, um mês após o país receber o grau de investimento pela agência Standard & Poors. Em dólares, o indicador valia 44.367 pontos, com um dólar Ptax na casa dos R$ 1,65. A valorização da moeda americana desde então foi de 136%.

Em 2008, o estrangeiro respondia por uma fatia de 35,5% do volume da Bovespa. Apesar de o Brasil ter conseguido o grau de investimento no fim de abril, o mundo foi afetado pela crise financeira global, o que fez com que o fluxo de capital externo naquele ano fechasse negativo em R$ 24 bilhões. O fluxo se recuperou no ano seguinte e somou R$ 20,5 bilhões.

22/09/2015 - Fonte:  Valor Online


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