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Índice de atividade do BC em julho aponta uma queda menor do PIB no 3º trimestre

A discreta contração de 0,02% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em julho, ante junho, reforçou a percepção de que o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deve ser menos negativo que o recuo de 1,9% entre abril e junho.

A perspectiva para a economia no resto do ano, no entanto, continua muito fraca. Na opinião de analistas, a atividade deve encerrar 2015 com queda ao redor de 3%. Após as revisões feitas pelo Banco Central, a expectativa é de que o IBC-Br tenha contração de 3,1% neste ano. O indicador é considerado uma prévia do resultado do PIB.

Como o IBC-Br é um indicador fechado, em que não é possível saber o desempenho de suas variáveis, uma hipótese para a estabilidade de julho foi o resultado do varejo ampliado do mês, que surpreendeu ao subir 0,6% sobre junho, por causa das vendas de automóveis. O indicador ficou acima das projeções do Valor Data, de queda de 0,3% ante junho. Com a leitura de julho, o índice do BC deve cair 0,5% no terceiro trimestre, de recuo de 0,7% estimado anteriormente, segundo o banco Haitong.

Flávio Serrano, economista-sênior da instituição, diz que os dados já disponíveis de agosto, como os da Anfavea (associação dos fabricantes de veículos) e os índices de confiança, mostram que a economia continuou ruim no mês passado. "O carry-over vai piorar nos últimos meses do ano".

Embora a contração do PIB no terceiro trimestre possa ser menor que a do segundo - ele estima recuo de 0,5% a 1% - Serrano lembra que algum tempo atrás, a expectativa era que o PIB do período entre julho e setembro ficasse mais próximo da estabilidade, com pequena melhora no quarto trimestre. Uma expectativa que hoje soa como muito otimista. O Haitong estima queda de 2,7% n PIB em 2015 e recuo de 1% em 2016.

Embora o IBC-Br tenha sido construído para acompanhar o comportamento do PIB, ambos podem seguir direções diferentes de tempos em tempos. Mas no longo prazo as trajetórias tendem a convergir. "Isso significa que ninguém deve esperar que o PIB brasileiro entregue qualquer resultado digno de nota", afirma o banco.

A avaliação do Banco de Tokyo-Mitsubishi sobre o IBC-Br de julho é similar. A instituição vê uma contração adicional nas próximas medições do indicador por causa da queda do consumo doméstico, afetada pelo medo do desemprego, do alto endividamento das famílias e a manutenção da Selic em 14,24% por um período relativamente longo.

O Goldman Sachs, que esperava recuo de 0,2% em julho, observou que a queda de 1,9% em 12 meses coloca o IBC-Br perto das mínimas alcançadas no terceiro trimestre de 2009. Em nota assinada pelo economista-chefe para América Latina, Alberto Ramos, a instituição enumera uma longa lista de desafios a serem enfrentados pelo país, indicando que a estabilidade do indicador do BC em julho não traz alívio.

"Acreditamos que a economia continuará a enfrentar desafios com o ajuste fiscal, altas taxas de juros, aumento nas exigências para tomada de crédito, enfraquecimento rápido do mercado de trabalho, aumento de estoques na indústria, das tarifas públicas e impostos, altos níveis de endividamento das famílias, demanda externa fraca, queda nos preços das commodities, incertezas políticas e uma confiança extremamente deprimida no setor privado e nas famílias", diz a nota do banco.

No lado positivo, a lista é pequena. O câmbio mais competitivo e a demanda doméstica enfraquecida devem gradualmente contribuir para elevar o saldo da balança comercial e fornecer um piso para a contração do PIB em 2015.

22/09/2015 - Fonte:  Valor Online


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