SÃO PAULO - O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) subiu 1% em agosto, segunda alta mensal consecutiva. Segundo a entidade, houve melhora nas expectativas de inflação e de consumo de bens mais caros, mas piora na avaliação sobre a renda.
Apesar da alta, o índice permanece em patamar baixo - 98,9 pontos - ou 8,7% menor do que o registrado em agosto de 2014 e 10,2% abaixo de sua média histórica. "Os consumidores permanecem pessimistas, ainda que menos que nos últimos dois meses", diz a CNI, em nota.
Dentre os componentes do Inec, o índice de expectativa de inflação é o maior responsável pelo aumento do índice na comparação mensal, com avanço de 4,2% na comparação com julho. Com isso, passa a registrar crescimento em 12 meses (de 1%), o que não ocorre desde outubro do ano passado. A desconfiança em relação à evolução da inflação nos próximos seis meses, contudo, ainda é grande, pois o índice permanece 11% abaixo de sua média histórica.
O índice de expectativa de consumo de bens de maior valor reverteu parcialmente a queda registrada no mês anterior, ao avançar 1,2%, e está praticamente estável na comparação com agosto de 2014 (queda de 0,7%).
Os componentes restantes variaram menos de 1% na comparação mensal e permanecem abaixo do registrado em agosto do ano passado. Destaque para o índice de expectativas de renda (queda de 15,4%) e para o índice de situação financeira (queda de 18,5%).
27/08/2015 - Fonte: Valor Online