O principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (o Ibovespa) emplacou ontem sua quinta queda consecutiva, ao fechar com recuo de 0,61%, aos 47.217,42 pontos, na mínima do dia. Em cinco pregões consecutivos de queda, o índice acumula perda de 4,33%.
O cenário político, a divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos e o desempenho das commodities estiveram entre os fatores de influência dos negócios.
No entanto, o bom desempenho das principais bolsas da Europa e também a alta das bolsas americanas não foram suficientes para dar fôlego de compra no mercado brasileiro de ações.
Entre as quedas do Ibovespa, estiveram em destaque os papéis Petrobras ON e PN, que recuaram 1,45% e 1,94%, acompanhando a queda dos preços internacionais do petróleo. Vale ON (-1,04%) e Eletrobras PNB (-1,67%) também se destacaram, juntamente com as ações do setor bancário, que ainda repercutem a proposta de aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O índice que reúne ações do segmento financeiro teve baixa de 0,70% no dia, superior à queda do Ibovespa.
O vencimento de contratos de opções sobre ações contribuiu para a volatilidade na manhã de ontem. O exercício movimentou R$ 2,04 bilhões, sendo R$ 479,4 milhões em opções de compra e R$ 1,56 bilhão em opções de venda.
As manifestações contra o governo Dilma Rousseff e suas repercussões foram acompanhadas de perto, mas não chegaram a ser influência significativa nos negócios, principalmente porque as atividades do Congresso serão iniciadas hoje, terça-feira (18).
No mercado de câmbio, o dólar fechou estável, cotado a R$ 3,485. Entre a mínima e a máxima, oscilou de R$ 3,461 (-0,69%) a R$ 3,505 (+0,57%). A divisa iniciou a sessão de ontem em alta, acompanhando a tendência internacional. A queda veio com a divulgação do índice Empire State de atividade industrial em Nova York, que caiu de +3,86 em julho para -14,92 em agosto, segundo informou o Federal Reserve local. O dado reforçou apostas de que o Fed deverá esperar mais tempo para voltar a elevar os juros da economia norte-americana.
No segmento de juros futuros da BM&F, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,245%, a mesma do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 ficou com taxa de 13,89%, frente aos 13,88% anteriores. A taxa do vencimento de 2019 terminou em 13,64% ao ano. /Estadão Conteúdo
18/08/2015 - Fonte: DCI