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Nos próximos meses, contas externas e inflação melhoram

Apesar do aprofundamento do quadro recessivo e do problema fiscal não ter sido equacionado, a economia pode contar com duas boas notícias nos próximos 12 a 18 meses, na avaliação de Fernando Honorato Barbosa, economista-chefe da Bradesco Asset Management (Bram): um ajuste mais rápido das contas externas e a perda de fôlego da inflação. "Isso limita o tamanho da piora que podemos ter no Brasil", disse Honorato, que participou ontem da reunião do comitê de acompanhamento macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), realizada no Valor.

Antes de o governo reduzir a meta de superávit primário para este e para os próximos dois anos, Honorato trabalhava com expansão de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, impulsionada pelo afrouxamento monetário que viria após a reancoragem das contas públicas. Com um ajuste fiscal mais gradual e sem retomada da confiança, o PIB deve recuar 0,7% no próximo ano, previu ele, mas ainda existe um vetor de aceleração para a atividade no cenário.

"A queda da demanda já começou a produzir efeitos nas contas externas. A balança comercial já começou a reagir a conta corrente começou a melhorar", comentou o economista-chefe da Bram, para quem a redução do consumo interno, a elevada ociosidade na indústria e a desvalorização cambial abrem espaço para um processo de substituição de importações por produção doméstica. Em sua opinião, esse movimento deve começar a ajudar a economia na segunda metade de 2016. "Esse é o caminho pelo qual o Brasil tradicionalmente se regenera quando há uma crise e isso está acontecendo."

A Bram estima que o déficit em transações correntes vai cair para US$ 50 bilhões em 2016, ou 3% do PIB. Até junho, esse número ficou em 4,36% no acumulado em 12 meses. Pensando "friamente", de acordo com Honorato, o ajuste mais rápido do saldo em conta corrente e o elevado nível de reservas cambiais preservam a capacidade de rolamento da dívida externa soberana, assim como mantêm o interesse de investidores estrangeiros.

Do lado da inflação, o economista avaliou que o choque de preços administrados e do câmbio não se espalhou pelos demais preços como algumas pessoas temem. "Tenho dificuldade em ver a inflação se propagar em um ambiente com política fiscal e monetária restritivas, e crédito também restritivo". Parece difícil que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue ao centro da meta já no ano que vem, mas a desaceleração da demanda doméstica e o realinhamento da trajetória dos salários em relação à produtividade vão ancorar as projeções "mais para frente", afirmou.

Mesmo neste ano, Honorato observou que, ao excluir a "dívida do passado" acumulada pelos preços administrados, o IPCA encerraria 2015 entre 6,5% e 7%, nível não muito diferente do registrados no últimos anos, e não em 9,2%. O cálculo foi feito substituindo o avanço de cerca de 15% para os itens monitorados por aumento de 4,5%. Para a Bram, o IPCA vai recuar três pontos percentuais em 2016, para 6,2%.

Embora veja a descompressão inflacionária e o ajuste do setor externo como dois fatores positivos, Honorato destacou que o rebaixamento das metas de superávit primário para 2015, 2016 e 2017 indicam que a trajetória de crescimento da dívida bruta em relação ao PIB não vai se estabilizar. Em algum momento, disse, o governo terá que fazer um esforço fiscal adicional, seja com redução de despesas ou aumento de receitas.

Fonte:  Valor Online - Quarta feira, 29 de julho de 2015.


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