Os juros básicos da economia brasileira devem atingir, nesta quarta-feira (29), o maior patamar desde o agosto de 2006. A expectativa dos economistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) é de que a taxa aumente 0,5 ponto percentual e alcance 14,25% ao ano.
O novo valor da Selic será definido após dois dias de reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC, e é válida por 45 dias, quando será realizado o próximo encontro do grupo.
Caso se confirme a elevação esperada pelo mercado, será a sétima alta seguida da taxa básica de juros, que vem em tendência de alta desde setembro do ano passado, quando o patamar era de 11% ao ano
A última decisão do grupo aconteceu no começo do mês de junho e a alta fez a Selic saltar de 13,25% para 13,75% ao ano, mesmo patamar de dezembro de 2008. A decisão foi unânime entre os membros do Copom.
Taxa básica
A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
A taxa também serve como um dos instrumentos para manter a inflação calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estática) próxima da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, já que os juros mais altos encarecem o crédito, diminuem a disposição para gastar do consumidor e estimulam a poupança.
Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores é sempre superior à Selic.
A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano. Ou seja, com a taxa a 13,75%, vale mais a pena buscar alternativas mais atrativas de investimento.
Fonte: Portal R7 - Quarta feira, 29 de julho de 2015.