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Aumento da conta de luz eleva inadimplência dos consumidores no Rio em até 113%

A pequena Juliane, de 1 ano e 9 meses, nasceu com um problema nos pés. Desde o primeiro mês de vida, ela tem as perninhas engessadas, o que a faz transpirar demais. Para tentar dar o mínimo de conforto à menina, a família investiu num ar-condicionado, mas o aparelho acabou se tornando o vilão da conta de luz. Para não deixar de pagar a fatura mensal, os familiares mudaram seus hábitos, como têm feito milhares de brasileiros, desde janeiro. Mas, ao contrário dos parentes de Juliane, nem todos têm conseguido vencer a briga com o marcador de consumo. A alta de quase 50% na tarifa de energia elétrica fez o número de cortes de fornecimento por falta de pagamento subir 42%, entre clientes da Light, considerando março deste ano, em relação a igual mês de 2014.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o peso nas contas de luz tem sido até maior para os consumidores de baixa renda, cuja inadimplência cresceu 113%, de março a março. A Light não comentou os números.

Antes de ver a conta de luz disparar, a mãe de Juliane, Claudiane Batista, aliviava o sofrimento da filha com vários banhos ao dia. Mas a menina foi vítima de pneumonia. O avô, Jorge Maynart, de 65 anos, decidiu, então, investir no aparelho de ar-condicionado, ligado dia e noite. A instalação, porém, coincidiu com o auge do verão e a implantação da bandeira vermelha com cobrança extra nas contas de luz. A fatura subiu de R$ 286 para R$ 447, de janeiro para fevereiro. E o aparelho passou a ser ligado só para dormir.

- Ligamos das meia-noite às 5h - contou a mãe.

Lâmpadas trocadas

O avô de Juliane também substituiu as lâmpadas incandescentes por outras fluorescentes. Os recentes aumentos na conta poderiam ser ainda maiores, se o circuito elétrico da casa não tivesse sido reformado, há três anos. O resultado é que, em junho, a conta da família, que tem sete pessoas, baixou de R$ 400 para R$ 196.

As bandeiras tarifárias foram criadas devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e à falta de água para gerar energia. O governo queria estimular a economia.

Renda menor, impacto maior

O professor de Economia e Gestão de Energia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Agostinho Pascalicchio, explica que o consumidor é muito sensível à elevação das tarifas de luz, especialmente o de baixa renda, e aponta vários fatores para o custo maior da energia hoje:

- Houve retirada de subsídio (desconto na conta dado pelo governo em 2014) e antecipação das concessões do setor de energia, sem contar o processo atual de ajuste econômico do país. Os aumentos de energia vão continuar, e a inadimplência também.

Para tentar baixar a conta de luz de sua casa, o taxista Claudemiro Campos, de 67 anos, optou por lâmpadas mais econômicas. Também passou a utilizar apenas um bocal de cada lustre da casa. Seu lema é: se ninguém quer tomar banho frio no inverno, que o tempo gasto embaixo d'água seja mais curto, e com o botão do chuveiro no modo "verão", o que deixa a água morna.

O ar-condicionado desligado também contribuiu para a economia do último mês. Dos R$ 261 pagos em maio (dos quais R$ 30 foram referentes à bandeira vermelha), a conta caiu para R$ 164 (com R$ 19 relativos à cobrança extra). Porém, nada se compara aos R$ 61 da fatura total de abril.

- Estou esperando a próxima conta, referente a julho, para estudar o que ainda devo cortar - afirmou Campos.

Confira dicas para economizar, segundo a Light

Ar-condicionado

Se mantido ligado o dia todo, será responsável por de 40% a 50% do consumo total de uma casa. Por isso, evite que o aparelho fique exposto ao sol. Instale-o num local com boa circulação de ar. Mantenha as janelas fechadas, evitando a entrada de ar do ambiente externo. Limpe sempre os filtros. A sujeira impede a livre circulação do ar e força o aparelho a trabalhar mais. Mantenha-o sempre desligado quando estiver fora do ambiente por muito tempo. Evite ligá-lo em dias de temperatura amena.

Chuveiro elétrico

Depois do ar-condicionado, é o que mais consome energia: de 25% a 30% do total. Por isso, nos dias mais quentes do inverno carioca, coloque o chuveiro na posição "verão" e tome banhos mais rápidos. Deixe-o ligado apenas o tempo necessário. Nunca aproveite uma resistência queimada. Isso aumenta o consumo e põe em risco a segurança da moradia.

Geladeira

Responde, em média, por de 15% a 20% do consumo. Por isso, deve estar instalada em local ventilado, não encostada em paredes ou móveis. Tem que ficar longe de raios solares e fontes de calor, como fogões. Nunca use a parte traseira da geladeira para secar roupas. Mantenha a borracha da porta sempre em bom estado. Degele e limpe o refrigerador com frequência. Guarde ou retire alimentos de uma só vez.

Lâmpadas

A iluminação representa de 5% a 10% do consumo. Então, aproveite a luz natural. Ao sair de um ambiente, apague a luz. Limpe sempre as lâmpadas e as luminárias. Substitua as incandescentes pelas fluorescentes ou de LED. Além de consumir 75% (fluorescente) e 85% (LED) menos, iluminam melhor e duram de seis e 30 vezes mais, respectivamente.

Fonte:  O Globo - Quinta feira, 23 de julho de 2015.


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