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Linhas de crédito mais seguras devem reduzir ritmo de expansão nos bancos

São Paulo - O ritmo de crescimento dos empréstimos nos grandes bancos deve começar a apresentar desaceleração neste segundo trimestre, mesmo nas linhas consideradas mais seguras, estimam especialistas ouvidos pelo DCI.

Ainda no ano passado, as instituições financeiras projetaram uma piora no cenário macroeconômico e passaram a concentrar o crédito em três principais modalidades: o consignado, o imobiliário e as grandes empresas.

O objetivo era reduzir o risco de calotes e continuar evoluindo nos resultados.

A estratégia levou a uma expansão acelerada dessas três linhas até o início de 2015 e manteve o crescimento da carteira de crédito dos bancos, mesmo com a crise - no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, o Banco do Brasil registrou alta de 45,5% no financiamento imobiliário e o Itaú de 81% no consignado, ambos na comparação com o mesmo período de 2014

Para Luis Miguel Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Ratings, no entanto, diante do agravamento da recessão econômica e da crise na Petrobras, essa estratégia pode estar chegando ao limite e, mesmo as linhas que "resistiam", devem registrar desaceleração no ritmo.

"No campo de pessoas jurídicas, muitas grandes companhias estão entrando em recuperação judicial e, às vezes, arrastando outras empresas com ela", observou. "Mesmo nesse setor de grandes empresas, considerado mais seguro, os bancos ficaram mais atentos", completou.

Em relação ao crédito imobiliário, os especialistas apontaram o comportamento do mercado como o grande entrave para os financiamentos bancários - o número de imóveis novos "encalhados" na Região Metropolitana de São Paulo cresceu 6,7% em maio, em relação a dezembro, para 45,3 mil unidades, segundo dados da Secovi-SP.

"A contração da renda, por sua vez, impacta negativamente na demanda por crédito consignado", apontou Giuliano Contento de Oliveira, professor do Instituto de Economia da Unicamp.

De acordo com Santacreu, a medida provisória editada pelo governo federal na semana passada, que eleva o teto do consignado para 35% do salário do consumidor, pode impulsionar a carteira, porém somente a partir do terceiro trimestre deste ano.

Resultados

Apesar da queda do volume de empréstimos, os especialistas afirmaram que os bancos devem viabilizar bons resultados com outras receitas.

De acordo com eles, o ciclo de altas da taxa básica de juros (Selic), que avançou dois pontos percentuais neste ano e atualmente está em 13,75%, deve impulsionar os ganhos com tesouraria (investimentos feitos pelas instituições).

Além disso, a redução do ritmo de crescimento do volume de crédito deve ser compensada, em parte, pelo aumento dos juros e dos spreads - diferença entre as taxas cobradas pelos bancos no empréstimo e juros pagos na captação.

"Não só a Selic, como a taxa de risco aumentou. Então, os bancos vão precificar esse crédito para cima [subir os juros]", avaliou Santacreu.

Segundo Oliveira, as receitas com taxas de serviços, tarifas e com as operações de seguros, previdência e capitalização também devem continuar a ter uma participação importante no resultado das instituições financeiras. "Os bancos são hábeis em gerar resultados dentro de diferentes conjunturas", analisou.

Dados dos balanços relativos ao primeiro trimestre apontam alta de 13,4% da receita com serviços no Itaú Unibanco, para R$ 6,86 bilhões, e 8,7% no Bradesco, para R$ R$ 5,74 bilhões.

Provisões

Para Santacreu, contudo, a variável que irá ditar o resultado dos bancos, e deve ser observada nos balanços deste segundo trimestre, é a provisão para devedores duvidosos (PDD), colchão formado pelas instituições financeiras para cobrir eventuais calotes.

De acordo com ele, se a expectativa dos bancos for de possível aumento da inadimplência no segundo semestre, o nível de provisionamento adicional deve crescer. "Esse elemento vai dizer a calibragem que os bancos estão fazendo em relação ao cenário macroeconômico", observou.

No primeiro trimestre, os maiores bancos apresentaram crescimento expressivo nos gastos com PDD (recursos adicionados às provisões): o Itaú teve alta de 29,7%, para R$ 5,51 bilhões, o Bradesco avanço de 25,1%, para R$ 3,5 bilhões e o Banco do Brasil de 15,3%, para R$ 5,99 bilhões.

Pedro Garcia

Fonte:  DCI - Terça feira, 21 de julho de 2015.


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