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Bahia registra R$ 588 mi em prejuízo por causa de "gatos"

Nos últimos dois anos, as ligações clandestinas conseguiram render uma perda de receita, no estado, que chega aos R$ 588 milhões. Os dados foram divulgados pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), na manhã desta quarta-feira, 14. Segundo a entidade, no período que corresponde aos anos de 2013 e 2014, a energia perdida é de 1.717 GWh valor suficiente para atender completamente ao município de Salvador durante cinco meses , com 937 GWh em perdas, apenas no ano passado. 

O problema do consumo clandestino, segundo aponta o superintendente da Coelba, Mário Caires, é que tanto a companhia quanto à população. Todos pagam a conta. O gato de energia não tem cara nem tem classe, nem segmento. É feito com base numa avaliação de consumo e está presente no mercado baiano de uma forma geral. A análise é feita em cima do consumo, explicou ele, justificando, não ser possível detectar as regiões com mais incidência de ligações irregulares. 

Porém, o aumento das taxas e das contas de luz acaba sendo influenciada pela perda de energia elétrica. De acordo com Caires, os gatos também podem, como um das conseqüências, prejudicar a qualidade do fornecimento de energia, por ser uma carga que não está prevista no sistema elétrico, e que não foi solicitada à distribuidora. Neste raciocínio, até os famosos apagões podem ser encarados como resultado dessas irregularidades. Além destes, foram registradas 2.554 interrupções de energia, motivadas também pelas ligações clandestinas.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) prevê ainda que perdas comerciais decorrentes do gato também sejam repassadas para a tarifa de energia. Além disso, o gato de energia é crime estabelecido no artigo 155 do Código Penal, com pena prevista até quatro anos de prisão.

Além do prejuízo para a população, fazer um gato ainda representa um risco de vida, já que se trata do manuseio de fiações por onde passa a corrente de energia, podendo levar a ocorrências de choque elétrico. Nos últimos dois anos, cinco pessoas vieram a óbito na Bahia ao tentar fazer gatos. 

É muito sério, pois pessoas que não estão preparadas para intervir no sistema elétrico ou no equipamento de medição, não têm as condições nem estão capacitadas para fazê-los. A ideia é coibir isso de forma veemente, e evitar a perda de vidas por conta dos gatos de energia à exemplo do que aconteceu nesses últimos dois anos, alertou o superintendente.

Combate a ligações de luz irregulares 

Buscando intensificar os esforços para combater a prática ilegal, a Coelba tem dado início a uma série de ações. Ao se fazer um balanço sobre os números do ano passado, no estado, foram realizadas 535 mil ações em campo para redução das perdas comerciais. Salvador e a Região Metropolitana foram responsáveis pelo maior número de ações realizadas com 97 mil inspeções em 2014, e uma perda de receita equivalente a R$ 114,5 milhões para a empresa. 

Em 2015, a Coelba já realizou 325 mil ações no estado. As perdas já estão na ordem de 375 GWh, o equivalente a pouco mais de um mês de consumo de energia de Salvador e um prejuízo de R$ 145,2 milhões para a concessionária.

De acordo com a companhia, em 2014, foram investidos R$ 80 milhões no plano de combate e perdas. Em 2015, o valor subirá para os R$ 124 milhões, que serão usados em operações de inspeção, substituição de medidores, instalação da rede elétrica existente com cabos anti-furto e regularização das ligações clandestinas. A previsão é de que cerca de 700 mil ações de campo sejam realizadas até o final deste ano. O número de equipes especializadas em detectar ligações clandestinas também foi dobrado. 

Outra ferramenta que pode auxiliar o combate aos gatos é um aparelho desenvolvido pela Coelba, em parceria com o Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e com o SENAI/CIMATEC, através de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento. O aparelho eletrônico é capaz de detectar fraudes embutidas em paredes e pisos. 

O aparelho detecta também modificações na estrutura do eletroduto por meios de ondas acústicas geradas pelo próprio aparelho. Através de um aplicativo de smartphone, as ondas são interpretadas, onde é possível ver ligações que não estão dentro do padrão das fiações elétricas autorizadas pela companhia. Protótipos do equipamento foram construídos e já estão sendo testados durante as inspeções realizadas pelos técnicos da empresa nas unidades consumidoras de Salvador.

Segundo o engenheiro eletrônico do SENAI/CIMATEC, Cleber Ribeiro, o projeto está na cabeça de série, sendo produzido apenas algumas unidades e o protótipo custa R$ 8 mil um valor relativamente baixo, se comparado com outros equipamentos usados para tal função, que custam em média R$ 25 mil, segundo o engenheiro. Contudo, uma produção em série do equipamento poderia baratear o equipamento. 

Fonte:  Tribuna da Bahia - Sexta feira, 17 de julho de 2015.


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