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Sistema financeiro está suportando bem pressões da Lava Jato, diz BC

São Paulo - Os bancos suportaram bem, no primeiro semestre deste ano, as perdas com calotes de empresas ligadas à Operação Lava Jato, afirmou ontem o diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles.

"É um ambiente desafiador, mas o sistema financeiro tem robustez, seja do ponto de vista de solvência, seja do ponto de vista de capital, de provisionamento adequado para enfrentar esse momento", disse, em evento organizado pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

Questionado se as provisões para perdas com crédito de liquidação duvidosa dos bancos (usadas para cobrir possíveis calotes) já estão em nível adequado, Meirelles afirmou ser "difícil dizer".

De acordo com ele, as análises de provisionamento evoluem conforme o andamento da operação da Polícia Federal, que investiga esquema de desvio de recursos bilionário na Petrobras.

Dados dos balanços dos bancos mostram que o Itaú adicionou R$ 5,51 bilhões às provisões para devedores duvidosos (PDD) no primeiro trimestre deste ano, alta de 29,7% na variação anual. O Banco do Brasil, por sua vez, gastou R$ 5,99 bilhões com PDD (alta de 43,3%) e o Bradesco, R$ 3,5 bilhões (25,1%).

"O sistema está muito bem e acho que esse processo de ajustes [fiscal e monetário] e adequação da economia vai ser um elemento positivo [para o sistema financeiro]", avaliou.

Segundo Meirelles, os ajustes também terão impacto na atividade econômica. "Mas são ajustes que estão na direção correta e são necessários para retomada da atividade".

Pequenas empresas

Em sua palestra, o diretor do BC apresentou a evolução dos empréstimos para pequenas e médias empresas nos últimos cinco anos, mostrando uma desaceleração no crescimento do estoque de crédito a partir do final de 2013, que culminou em retração nos últimos dois meses - nos bancos privados, a queda do saldo começou em maio de 2014.

Conforme dados da autoridade monetária, o estoque de crédito caiu 0,9% em abril deste ano, em relação a 2014.

"É uma questão cíclica. Houve um decréscimo, mas o crédito continua fluindo", disse Meirelles. "Os níveis de inadimplência estão comportados e nos índices de pré-inadimplência [atrasos menores que 90 dias] também não tem nada demais", completou.

Questionado sobre o momento de retomada da economia - em sua palestra, o diretor apontou "um horizonte não muito distante" como prazo -, Meirelles disse não saber quando as mudanças nos indicadores virão, "mas imagino que os ajustes vão fazer seu trabalho na direção esperada".

Em relação aos impactos da medida provisória editada ontem pelo governo federal, que aumentou o limite de desconto em folha do crédito consignado, o diretor disse ser preciso esperar os resultados para ter uma avaliação mais precisa sobre o assunto.

Poupança e endividamento

Em sua apresentação, Meirelles apontou que, embora o nível de endividamento das famílias junto aos bancos tenha mantido trajetória de alta, a maior parte das novas dívidas foi contraída em créditos imobiliários, que são mais saudáveis, de acordo com ele.

"O comprometimento da renda é por um prazo mais longo e com taxas de juros menores", observou. "Além disso, essa dívida se transforma em riqueza, patrimônio, no fim do prazo", completou.

Para o diretor, os saques recordes da poupança nos últimos meses - até abril, as cadernetas tiveram perda líquida de R$ 29,1 bilhões -, principal meio de captar recursos para o financiamento imobiliário, estão relacionados ao ciclo de altas da Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

"Mas, nós fizemos mudanças em algumas formas de investimentos que são concorrentes da poupança, como LCI e LCA. Colocamos prazos mais alongados, o que acreditamos que deve alimentar a atratividade das cadernetas", disse.

Fonte:  DCI - Por: Pedro Garcia - Terça feira, 14 de julho de 2015.


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