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Custo cambial de manter reservas chega a R$ 18 bi

As despesas com a manutenção das reservas internacionais têm impacto direto nos encargos com juros da dívida pública e no endividamento bruto, dois indicadores acompanhados de perto pelas agências de classificação de risco.

Para o professor titular de economia internacional da UFRJ Reinaldo Gonçalves, esse custo, que já era elevado quando o país conseguia fazer economias para pagar os juros da dívida, toma outra proporção considerando o déficit primário atual. Mas ele pondera que o custo fiscal - diferença entre o custo médio da dívida pública brasileira e a remuneração das reservas - é apenas um dos problemas e destaca também o custo cambial de se manter as reservas no atual montante.

Gonçalves classifica como custo cambial a diferença entre a remuneração das reservas e a taxa cobrada pelo mercado internacional para manter investimentos no país. Em seus cálculos, essa despesa seria de cerca de R$ 17,9 bilhões por ano.

"O Brasil precisa trabalhar para reduzir seu endividamento externo, porque isso está ampliando os riscos e o custo cambial das reservas", diz o professor, para quem o governo deveria usar parte das reservas internacionais para recomprar títulos públicos brasileiros no exterior a fim de diminuir a dívida pública.

Analistas chamam atenção para a necessidade de o Banco Central continuar reduzindo o estoque dos swaps cambiais, de forma a garantir que as reservas líquidas aumentem. Apesar de não representar uma injeção direta de dólares no sistema financeiro, os swaps funcionam como uma venda de moeda estrangeira no mercado futuro, que tem como lastro as reservas. Com um menor estoque desses contratos, as reservas líquidas - diferença entre as reservas totais e o estoque de swaps - aumentam, ampliando o poder de fogo do BC e atenuando os riscos de choques externos.

"Esse estoque alto de swaps é um dos maiores problemas do BC hoje", diz Marcio Garcia, da PUC-RJ. Ele chama a atenção para o elevado custo desses contratos do lado fiscal, justamente em um momento em que o governo tenta ajustar as suas contas.

Segundo o BC, só em maio a conta de juros da balança de pagamentos aumentou R$ 22,065 bilhões pelos gastos que a autoridade teve com as operações de swap cambial. Isso ajudou a elevar o déficit nominal a R$ 59,777 bilhões, o que impulsionou a dívida bruta ao recorde de 62,5% do PIB.

Fonte:  Valor Online - Segunda feira, 06 de julho de 2015.


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