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Aumento dos juros faz a alegria do investidor em renda fixa

SÃO PAULO - Desde o ano passado, o economista Antonio Carlos Figueira, de 63 anos, de São Paulo, reduziu em 80% seus recursos aplicados em ações na Bolsa de Valores e praticamente raspou o saldo de uma antiga caderneta de poupança. Em sua estratégia de investimento, Figueira gosta de diversificar suas aplicações, mas agora seu foco são produtos de renda fixa. Com uma nova elevação da taxa básica de juros (Selic) para 13,75%, no início de junho, os Certificados de Depósito Interbancário (CDI), que servem de referência para remunerar essas aplicações financeiras, voltaram a render mais de 1% ao mês, antes do desconto do Imposto de Renda (IR). Desde 2009 isso não acontecia.

- É o momento certo para aplicar em renda fixa. O retorno está muito generoso, e o risco, mais baixo. A economia não cresce, a Bolsa está instável e fica difícil ter um horizonte de longo prazo para a renda variável.

POUPANÇA DEIXA DE SER ATRAENTE

Na ponta do lápis, Figueira aplicou num Certificado de Depósito Bancário (CDB) pós-fixado, título de crédito emitido por um banco, que oferece um retorno de 1,27% ao mês ou 16,36% ao ano. Trata-se de um banco médio, por isso a taxa de juros é mais interessante. Ele investiu R$ 100 mil pelo período de 12 meses. Ao final desse prazo, terá um rendimento bruto de R$ 16.360,00. Com o desconto do IR, que é de 20% para esse prazo, o rendimento líquido fica em R$ 13.088. É quase o dobro do que se tivesse aplicado os mesmos R$ 100 mil na poupança, que oferece, no mesmo período, um retorno líquido de R$ 7.700, por ser isenta do IR.

- Uma taxa de 1% bruto ao mês é muito atraente. Dá um retorno líquido, descontado um IR de 20% depois de um ano, de 0,83%. Ao ano é um rendimento de 10,43%, acima dos 7,70% da poupança. Só não é o melhor dos mundos porque a inflação está girando em 8,5% nos últimos 12 meses - calcula Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Para obter o retorno bruto de 1% ao mês, o CDB precisa pagar no mínimo 93% do CDI, segundo cálculo feito pelo especialista em investimentos do banco Ourinvest Mauro Calil. Os papéis de bancos menores pagam entre 95% e 120% do CDI para aplicações a partir de R$ 10 mil, pelo prazo de um ano. Nos bancos grandes, é mais difícil conseguir uma taxa assim tão generosa. Segundo Oliveira, da Anefac, para clientes que têm entre R$ 5 mil e R$ 100 mil para investir, as taxas variam entre 65% e 95% do CDI. As melhores taxas são oferecidas para clientes que mantêm bom relacionamento com a instituição (ou seja, compram seguro, previdência privada, recebem salário).

- Existe um certo preconceito em aplicar em CDBs de bancos menores por causa do maior risco. Mas, agora, esses papéis são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em até R$ 250 mil, o que traz mais segurança ao investidor - explica Calil, do Ourinvest.

O diretor de investimentos da Tov Corretora, Pedro Paulo Coelho Afonso, lembra que além dos CDBs, há Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro, além de fundos de renda fixa, que também já oferecem o retorno bruto de 1% ao mês. No caso de LCIs ou LCAs, lembra Oliveira, da Anefac, a aplicação inicial costuma ser mais elevada (em torno de R$ 30 mil), e a liquidez é menor. A vantagem continua sendo a isenção do IR, que pode acabar em breve.

OLHO NA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO

Em relação aos fundos, é preciso que a taxa de administração seja de no máximo 1% para obter o retorno bruto de 1%, observa Calil, do Ourinvest. Ele alerta também que é necessário observar os títulos que compõem a carteira, já que os papéis prefixados perdem quando os juros sobem. E, na estimativa dos analistas, a Selic pode chegar a 14,5% ao fim deste ano.

Na prateleira dos bancos, não é difícil encontrar produtos com retorno de 1% ao mês. No Bradesco, é possível aplicar a partir de R$ 5 mil em fundos de renda fixa que envolvem mais riscos e volatilidade. É o caso do Fundo FIC RF Títulos do Tesouro, com aplicação inicial de R$ 5 mil, que ofereceu retorno de 1,83% em maio, o equivalente a 186,7% do CDI. No Santander, o fundo Pré Renda Fixa Longo Prazo, que opera com títulos pós e prefixados, ofereceu uma rentabilidade de 1,54% bruta em maio. O Banco do Brasil informou ter em seu portfólio fundos de renda fixa que têm alcançado rentabilidade bruta de 1%, mas observa que a rentabilidade passada não é sinônimo de retorno futuro.

Esse retorno tão generoso na renda fixa só acontece porque o Brasil tem a maior taxa de juro real do mundo. Descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses, o juro real fica em 5,23%. É por isso que a renda fixa está atraindo cada vez mais a atenção de mais gente.

Fonte:  O Globo - Segunda feira, 15 de junho de 2015.


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