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UBS revisa para 4,8% projeção do IPCA em 2016

O noticiário econômico predominantemente negativo dos primeiros meses do ano pode, aos poucos, estar ficando para trás, mais ainda há um longo caminho para recuperação mais consistente da atividade, avalia Thiago Carlos, economista do UBS. Em entrevista ao Valor, Carlos avalia que o terceiro trimestre pode ser de estabilização da economia, depois de dois trimestres consecutivos de queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre. Daqui para frente, afirma, o noticiário negativo deve estar concentrado no aumento do desemprego, mas há algum espaço para melhora da confiança à medida que os sinais de desaceleração da inflação ficarem mais evidentes, o que deve ocorrer em setembro, estima. Com mais disposição do Banco Central em ancorar as expectativas de inflação, o UBS revisou de 5,2% para 4,8% a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016, depois de alta de 8,5% esperada para este ano. Além do maior comprometimento da autoridade monetária com o centro da meta de inflação, em meados do ano também estará mais claro se o governo vai ou não conseguir cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB. Para o economista, alcançar esse objetivo ainda depende de medidas adicionais, que podem vir de aumento de impostos ou até da receita pela outorga em leilões de infraestrutura. "A gente acredita que entrega [meta], a nossa visão é que equipe está comprometida com o resultado fiscal e vai fazer o necessário para chegar lá", diz. Ao mesmo tempo, o governo deu início a uma agenda mais positiva, com o plano de concessões de projetos de infraestrutura com regras mais atrativas para o setor privado e potencial para atrair o investidor estrangeiro. "Há também a expectativa de um plano para incentivar exportações, o que é positivo", afirma. As medidas apresentadas ainda não são suficientes para garantir retomada mais robusta da economia em 2016, mas podem permitir crescimento de 1,3% do PIB para o ano que vem. "Está longe do que a gente poderia esperar para uma economia como a do Brasil, mas já é algum ganho de tração", comenta Carlos. Para 2015, o UBS estima queda de 0,5% do PIB. Carlos, porém, contesta a avaliação de que essa é uma visão mais otimista do que a média do mercado, que projeta retração superior a 1% da atividade no ano. A demanda doméstica, diz, deve recuar 2% no ano, já que as famílias não estão consumido, os empresários não investem e até o governo está gastando menos. "O que evita que o PIB caia tanto são as importações", diz, que diante desse cenário devem encolher quase 9%. Com pequeno aumento das exportações, a contribuição do setor externo pode ser de 1,5 ponto percentual, evitando "colapso" do PIB no ano, diz. Como o mercado de trabalho está piorando rapidamente - a projeção do UBS é de corte de até 1 milhão de empregos formais no ano - a inflação de serviços deve desacelerar com força e encerrar 2016 em 5,2%, uma ajuda considerável para que o IPCA se aproxime do centro da meta no ano que vem. O UBS estima que a inflação vai ceder de 8,5% neste ano para 4,8% em 2016. O aumento do desemprego, diz, para algo mais próximo de 8% no ano que vem não é uma consequência desejável, mas é um resultado natural do ajuste fiscal e monetário em curso, diz Carlos. Em sua avaliação, o custo de não fazer o ajuste seria ainda maior. Além disso, como o Banco Central precisa recuperar credibilidade, em um primeiro momento será preciso conviver com taxas de juros mais altas. Para o banco, as projeções da autoridade monetária já devem apontar para IPCA próximo do centro da meta no ano que vem, o que levaria o Copom a encerrar o atual ciclo de aperto na próxima reunião, com mais uma alta de 0,25 ponto percentual, elevando a Selic para 14% ao ano. A taxa básica de juros deve permanecer neste nível até que as expectativas de mercado também se aproximem de 4,5%, o que é esperado pelo UBS para o segundo trimestre do ano que vem. A partir daí, o Copom terá espaço para iniciar um ciclo de afrouxamento de juros de 2 pontos percentuais, diz.

Fonte:  Valor Online - Quarta feira, 10 de junho de 2015.


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