- O principal índice de ações da Bolsa brasileira (o Ibovespa) caiu 2,25% na última sexta-feira para 52.760,47 pontos, na mínima, afetada por certo pessimismo dos investidores, após a divulgação de dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e dos Estados Unidos.
O recuo foi o pior resultado da Bolsa desde o dia 26 de março, quando terminou com queda de 2,47%. O volume de negócios totalizou R$ 9,880 bilhões. No mês de maio, o Ibovespa acumulou baixa de 6,17% e no ano, ainda tem valorização de 5,51%.
Antes da abertura do pregão do dia 29 de maio, saíram os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e dos Estados Unidos. O PIB brasileiro recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação o último trimestre do ano passado, resultado menor que a mediana das projeções, de queda de 0,50%. Na comparação interanual, o recuo de 1,6% também foi menor que a mediana (-1,90%). Na Europa, as negociações sobre a Grécia também pesaram nos negócios com ações.
Nos EUA, a segunda leitura do PIB do primeiro trimestre mostrou queda de 0,7% nos três primeiros meses de 2015 em valores anualizados. O indicador gerou incertezas entre os investidores porque, ao mesmo tempo em que significa que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não elevar os juros tão cedo no país, mostra enfraquecimento da economia. Apesar das dúvidas, os índices acionários em Nova York reagiram negativamente, com os investidores dando mais atenção ao enfraquecimento econômico e às preocupações na Europa em torno da Grécia. Dow Jones fechou com -0,63%, S&P 500 -0,63% e o Nasdaq -0,40%.
Sobre o setor corporativo, as ações da Vale e e da Petrobras recuaram, afetadas pelo mau humor generalizado no mercado. Petrobras ON e Petrobras PN caíram 2,65% e 2,68%, respectivamente, nas mínimas. Já Vale ON recuou 2,39% e a PNA perdeu 2,56%, nos menores patamares do dia.
Os bancos, que possuem bastante peso no Ibovespa, também estavam entre os destaques de baixa. Itaú Unibanco PN -2,47%, Bradesco ON -3,61%, Bradesco PN -2,69%, Banco do Brasil ON -2,82% e Unit do Santander 1,98%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista no balcão terminou a sessão de sexta-feira cotada em R$ 3,185 (+0,76%), maior patamar de fechamento desde 31 de março (R$ 3,200). Na semana, acumulou ganho de 2,36% e no mês, de 7,82%. Em 2015, valorização de 19,96% ante o real. /Estadão Conteúdo
Fonte: DCI - Segunda feira, 01 de junho de 2015.