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Para 2016, comportamento de administrados gera incertezas

O cenário de atividade econômica fraca continuou diminuindo as expectativas de inflação para 2016, mas ainda existem dúvidas em relação à intensidade do reajuste de preços administrados no próximo ano. Segundo a mediana do boletim Focus, compilado pelo Banco Central a partir das projeções de economistas, depois de subir 13,5% em 2015, a inflação de itens monitorados vai recuar consideravelmente no ano que vem, para 5,71%. Essa descompressão, no entanto, pode ser um pouco menor - e a inflação desse grupo pode acima dessa projeção -, dependendo do que acontecer com as tarifas de eletricidade. Segundo a MCM Consultores, a perspectiva para as correções do preço da energia elétrica ainda é bastante incerta olhando 2016. Além das chuvas, que não contribuíram para reverter o baixo nível dos reservatórios, a consultoria destaca que ainda existem "esqueletos" no setor com potencial de repasse ao consumidor. Entre eles, estão as indenizações de ativos de transmissão e geração decorrentes da Medida Provisória 579, de 2012, a dívida da Eletrobras com a Petrobras referente aos custos de combustível para usinas da região Norte, o déficit de recursos do sistema de bandeiras tarifárias e o impacto de medidas como a importação de energia de outros países, entre outros. Todos esses repasses ainda estarão pendentes num ano em que a bandeira vermelha, de acordo com a equipe econômica da MCM, deve ficar acionada até dezembro, ao mesmo tempo em que o quarto ciclo de revisão tarifária terá prosseguimento, com quatro concessionárias. Por isso, a consultoria estima que as contas de luz vão aumentar 7,5% em 2016, principal influência de alta para a inflação de 5,9% prevista para os preços administrados. Em 2015, a expectativa é de avanço de 14,2% no conjunto dos itens administrados e de 52,8% do preço da energia. Adriana Molinari, da Tendências Consultoria, trabalha com alta de 5,3% para os itens monitorados no próximo ano, mas também avalia que existem riscos de variação um pouco maior para esses preços, não somente em função da energia. "Mudamos nosso cenário para os preços do petróleo e agora acreditamos que será necessário um reajuste da gasolina no meio do ano", diz Adriana, para quem a correção será de 4% nas refinarias. Na média do ano, ela estima que o combustível vai aumentar 5,45%, com o impacto adicional de mais um reajuste na Cide, de R$ 0,02 por litro. "O governo vai continuar com a necessidade de aumentar a arrecadação", observou. Ainda no segmento de transportes, a economista da Tendências afirma que as tarifas de transporte público também devem subir na maioria das capitais que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016, mesmo durante um ano de eleições municipais, porque houve um grande congelamento nos últimos anos. Em suas estimativas, o item ônibus urbano terá alta de 7,2% no exercício. "Os reajustes estão cada vez mais impopulares, com reajustes em São Paulo e no Rio, que já corrigiram as passagens neste ano. então sabemos que há um risco dessa alta ser menor", comentou. Embora com peso menor no grupo de preços administrados, a taxa de água e esgoto pode ser outra pressão sobre o IPCA no ano que vem. A equipe econômica da MCM avalia que a tarifa de água vai aumentar 8% no período, devido ao impacto dos custos maiores com energia elétrica. A consultoria destaca que essa previsão, porém, não contempla a possibilidade de a Sabes p diminuir ou encerrar o programa que concede descontos a clientes que economizam água em São Paulo, tendo em vista a piora da situação financeira da empresa. O fim desse programa poderia acrescentar 0,13 ponto percentual ao IPCA. Para Fabio Romão, da LCA Consultores, os últimos cortes nas expectativas para o IPCA foram influenciados pela trajetória da atividade, mas os administrados terão contribuição mais forte na desaceleração do indicador. Em seus cálculos, a inflação desse segmento vai recuar a 4,2% no próximo ano, movimento que, sozinho, reduzirá a inflação oficial em 2,1 pontos. "Pode haver alguma resistência dos analistas em prever que os preços que estão pressionando muito neste ano não devem fazer o mesmo tipo de estrago no ano que vem", disse Romão. Nos cálculos da LCA com base em análise de especialistas do setor elétrico, as tarifas de eletricidade ficarão praticamente estáveis em 2016, é provável que a gasolina e o diesel também não subam nas refinarias no período e, com as eleições municipais, os reajustes de ônibus urbano serão pouco expressivos (5,3% na média do ano). Na sexta-feira, o IBGE informou que o IPCA-15 de maio subiu 0,6%, após alta de 1,07% em abril. A difusão do IPCA-15 voltou a recuar, passando de 73,4% para 69% - ainda elevada, porém em descompressão. A média dos núcleos em 12 meses, porém, voltou a subir, passando de 7,11% para 7,15%, bastante acima do teto da meta, (de 6,5%), frisaram os analistas da Rosenberg & Associados. "Tal média se aproxima paulatinamente do acumulado em 12 meses do índice cheio, confirmando a percepção de que a pressão inflacionária não é apenas fruto de um choque passageiro, e que deve piorar até o terceiro trimestre de 2015", observaram os analistas, em relatório.

Fonte:  Valor Online - Segunda feira, 25 de maio de 2015.


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