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Desemprego persiste e economistas projetam taxa de 6,3%

Depois da piora significativa observada nos primeiros três meses do ano, economistas avaliam que abril foi mais um mês de alta do desemprego e criação fraca de vagas formais. Segundo a projeção média de 17 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, a taxa de desocupação em relação à População Economicamente Ativa (PEA) nas seis principais regiões metropolitanas subiu ligeiramente entre março e o mês passado, de 6,2% para 6,3%. Em relação a abril de 2014, no entanto, o aumento deve se mais expressivo, de 1,4 ponto percentual. As estimativas para a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), a ser divulgada amanhã pelo IBGE, vão de 6% a 6,5%. Na sexta-feira, o Ministério do Trabalho divulga o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente ao mesmo mês, para o qual dez analistas estimam, em média, abertura de 57,2 mil vagas com carteira assinada. Em igual mês do ano passado, foram criados 105,4 mil postos. Para esse ano, as previsões variam de 35,5 mil a 95 mil novos empregos. Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), afirma que a sazonalidade do setor agropecuário ajuda o mês de abril a registrar saldos positivos no Caged, mas mesmo assim a expectativa é de um número bem abaixo do observado no quarto mês de 2014. Em seus cálculos, as admissões superaram as demissões em 71,4 mil no mês passado. "Em 2014 a geração de postos em abril já havia sido fraca. Isso mostra que o mercado de trabalho ainda está em processo de desaquecimento, devido à desaceleração da economia", comentou. Para Moura, a agricultura abriu 27,7 mil postos no mês passado, mas os outros setores mostraram performance mais modesta. A indústria e a construção civil devem ter eliminado, respectivamente, 11,5 mil vagas e 10,8 mil vagas, estima ele, enquanto os serviços contribuíram positivamente com 66 mil novos empregos celetistas. Em abril do ano passado, porém, esse saldo foi bem maior, e chegou perto de 89 mil novas vagas. Em sua avaliação, o cenário de redução da renda e alta no contingente de desocupados está levando as famílias a consumirem menos serviços, ramo da economia que tende a contratar bem menos em 2015 do que nos últimos anos. Como o mercado de trabalho reage com defasagem à trajetória da atividade econômica, os efeitos da deterioração da ocupação e da renda estão se refletindo agora sobre a procura de emprego, diz Fabio Romão, da LCA Consultores. Segundo Romão, a taxa de desemprego ficou em 6% em abril - 1,1 ponto acima do percentual registrado em abril de 2014 - resultado de retração de 0,7% da população ocupada e de aumento de 0,4% da força de trabalho, na comparação com igual mês do ano passado. "Esse movimento está relacionado à piora da ocupação e da renda, que por duas leituras mostrou perda real numa intensidade forte." Em março, o rendimento médio real dos trabalhadores nas seis maiores áreas metropolitanas do país diminuiu 3% sobre igual mês do ano anterior. Em abril, o economista da LCA espera nova redução, de 2%. Os reajustes salariais devem permanecer no campo negativo nos próximos meses, de acordo com Romão, uma vez que a inflação pressionada e o ambiente econômico recessivo dificultam a obtenção de ganhos reais. No cenário da consultoria, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai se manter acima de 8% em 12 meses ao longo de todo ano, enquanto a renda real dos ocupados vai encolher 1% na média de 2015. Moura, do Ibre-FGV, alterou recentemente sua estimativa para a variação do rendimento médio real na PME, de um recuo de 0,6% para retração de 1,2% neste ano. "Com a perspectiva de piora do mercado de trabalho e tendência de aumento do desemprego, o poder de barganha dos trabalhadores diminui, e há também a inflação mais alta", diz. No segundo semestre, mesmo que a atividade mostre alguma reação, o mercado de trabalho deve seguir em desaquecimento, afirma Moura, em linha com a piora das expectativas dos empresários contidas nas sondagens da FGV. Para o Ibre, a taxa média de desemprego medida pela PME vai subir mais de um ponto entre 2014 e 2015, de 4,8% para 6,3%. A LCA estima desocupação média de 5,8% para este ano. Romão explica que o aumento da procura por trabalho não será tão forte porque, nos últimos anos, a PEA diminuiu também por questões estruturais, como o envelhecimento da população. Já para o saldo de vagas formais, a estimativa do economista da LCA é mais pessimista, e conta com saldo negativo de 104,3 mil postos de trabalho em 2015, considerando apenas as informações enviadas dentro do prazo legal ao MTE. As principais influências negativas, segundo Romão, serão a construção civil e a indústria.

Fonte:  Valor Online - Quarta feira, 20 de maio de 2015.


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