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Salário real tem a maior queda desde 2004

A renda média real do trabalho registrou em março a maior queda desde fevereiro de 2004 - de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior, como mostrou ontem a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Além dos salários, o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe outros sinais de que as condições do mercado de trabalho se deterioram de maneira rápida neste ano. Entre elas está o aumento da taxa de desemprego em mais de um ponto percentual, de 5% em março de 2014 para 6,2% em março deste ano. O desemprego cresceu em todas as seis regiões metropolitanas da pesquisa, com as maiores altas apuradas no Nordeste. No Recife, a taxa passou de 5,5% em março do ano passado para 8,1%; em Salvador, de 9,2% para 12%. A procura maior por trabalho no país - traduzida na alta de 0,3% da população economicamente ativa (PEA), em relação ao mesmo período de 2014 - e o avanço no número de demissões, expressa na queda de 0,9% da ocupação, na mesma comparação, são as principais razões para esse aumento do desemprego. No caso da renda, os efeitos defasados da piora da atividade e do mercado de trabalho no ano passado, além da inflação alta - acima de 7% no acumulado em 12 meses - são apontados por Fabio Romão, da LCA Consultores, como as principais influências negativas. Ademais, destaca o economista, também pesou a perda de participação do emprego com carteira assinada, que via de regra paga melhor, no total das vagas que compõem a PME. Em março, o trabalho formal passou a responder por 54,8% do total de postos contabilizados pela pesquisa, contra 55,1% em março do ano passado. A participação do trabalho por conta própria, por sua vez, avançou de 18,8% para 19,4% no mesmo intervalo. "Um sinal de precarização da mão de obra", avalia. Com a alta de 1,7% da renda em janeiro e a retração de 0,5% em fevereiro, sempre em relação a iguais períodos do ano anterior, a variável encolheu 0,6% no primeiro trimestre. A massa de rendimentos, que representa o volume de recursos efetivamente disponível para o consumo, reduziu 3,8% em março e 1,3% no trimestre. Os números, para Natalia Cotarelli, do banco BI&P, reforçam as perspectivas negativas para a atividade neste ano, mas podem sinalizar algum alívio à inflação. "Essa redução, a mais intensa desde fevereiro de 2004 [quando houve queda de 4,8%], foi a principal surpresa negativa da PME. Mas o que pode deixar a atividade um pouco pior também pode, ao mesmo tempo, deixar a inflação um pouco melhor", comentou. "A queda pode ajudar a mitigar a aceleração dos preços livres", acrescenta Romão, da LCA. Com estimativa de crescimento de 8,1% para inflação média de 2015, a consultoria projeta desaceleração do aumento dos preços livres, de 6,8% em 2014 para 6,67% neste ano e 5,7% em 2016. Diante desse cenário, a convergência para o centro da meta "começa a despontar como uma possibilidade", afirma Thais Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados. Ela projeta queda de 0,5% na renda média real neste ano - o pior resultado desde 2004, quando os salários da PME encolheram 1,2%. A reversão rápida dos indicadores do mercado de trabalho neste ano tem levado consultorias e instituições financeiras a revisar algumas projeções para o ano. Após o resultado de ontem, a LCA alterou a estimativa para o comportamento da renda de estabilidade para queda de 0,8% em 2015. A Rosenberg elevou a taxa média de desemprego do ano de 5,9% para 6,4%. Para o BI&P, a combinação de queda na ocupação e aumento da PEA deve levar a taxa a "algo próximo" de 7% na média do ano. O percentual em si não é alto, pondera Natalia, mas representa uma deterioração significativa se comparado à média de 2014, de 4,8%. A taxa de março, de 6,2%, é a maior desde maio de 2011. O IBGE acredita que o desemprego vai se manter estável em abril, ante março, ainda que em um patamar maior que o registrado no ano passado. "Seguindo tendências, esperando um ambiente econômico favorável, o crescimento do desemprego deveria começar a se reduzir a partir de abril", afirma Maria Lucia Vieira, gerente do instituto. Já são quatro meses seguidos de variação negativa da população ocupada em relação ao mesmo intervalo do ano anterior - dezembro de 2014 (-0,5%), janeiro (-0,5%), fevereiro (-0,9%) e março (-0,9%). "Isso revela que as pessoas estão saindo dos seus postos de trabalho e nem todas estão conseguindo se recolocar".

Fonte:  Valor Online - Quarta feira, 29 de abril de 2015.


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