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Mesmo com março melhor, emprego é negativo no 1º tri

Após dois meses consecutivos de demissões em 2015, a economia formal voltou a gerar vagas em março. A abertura de 19,3 mil postos com carteira no mês passado, entretanto, não foi suficiente para manter o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) positivo no trimestre. O país fechou 50,4 mil vagas no período, ante 344,9 mil contratações no mesmo intervalo de 2014. Além do emprego, a desaceleração do mercado de trabalho neste início de ano também se manifesta nas remunerações. Segundo os números divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o salário médio dos recém-contratados caiu 1,26% em termos reais em relação ao primeiro trimestre de 2014, para R$ 1.241,30. O resultado positivo de março foi puxado pelo setor de serviços, que somou 53,8 mil admissões. O comércio abriu 2,7 mil vagas, enquanto a construção civil e a indústria registraram 18,2 mil e 14,7 mil demissões líquidas. O padrão é semelhante ao observado nos últimos seis meses, afirma Carlos Lopes, da Votorantim Corretora, quando a perda de fôlego do mercado de trabalho passou a ficar cada vez mais clara. Em 2014, o saldo geral de vagas, levando em conta a série que contabiliza as informações enviadas fora do prazo, foi de 396,9 mil postos de trabalho, com abertura de 476 mil apenas nos serviços. Nesse sentido, diz o economista, o cenário para 2015 continua sendo de piora do emprego. "O comportamento da economia até o momento é condizente com um aumento da taxa média de desemprego para 6,5% neste ano". Dessazonalizado pela instituição, o número de março equivale a cerca de 40 mil demissões líquidas. Entre 2011 e 2013 o país gerou em média 105 mil vagas formais no terceiro mês do ano. "O número [de 2015] só é maior do que o de 2014, de cerca de 13 mil vagas, porque no ano passado o Carnaval aconteceu em março", pondera Fabio Romão, da LCA Consultores. A abertura de 53,7 mil vagas nos serviços foi bastante influenciada pelas contratações sazonais no segmento de ensino, pontua o economista, com 18,3 mil novos empregos no mês passado. Romão também chama atenção para os desempenhos bastante negativos da indústria e da construção civil. Apesar do saldo positivo no trimestre, em 15,2 mil vagas, a atividade industrial perdeu postos de trabalho em 7 dos 12 segmentos acompanhados pelo Caged. Os ramos mais afetados foram aqueles de maior valor agregado, como o de material de transporte (-10 mil) e o metalúrgico (-2,5 mil). As indústrias têxtil e calçadista, que podem estar começando a se beneficiar do nível mais desvalorizado do real, avalia Romão, contabilizam 4 mil e 15,8 mil novos postos nos três primeiros meses do ano. O emprego na construção civil, para Romão, tem sido prejudicado, de um lado, pelos efeitos do comprometimento da renda e da desaceleração dos salários sobre as vendas de imóveis e, de outro, pela retração de investimentos provocada pela Operação Lava-Jato, inclusive com a proibição de operação de algumas das maiores construtoras do país. Pernambuco está entre os locais em que o setor teve um dos piores desempenhos. No trimestre, foram fechadas 9,7 mil vagas no segmento, número inferior apenas ao do Rio de Janeiro, com 12,5 mil demissões líquidas. No total, foram contabilizados 35 mil cortes no Estado, com resultados negativos em todos os setores, incluindo serviços, que contabilizou 2,3 mil vagas a menos entre janeiro e março. Jorge Jatobá, economista da consultoria Ceplan, afirma que os efeitos negativos das demissões de trabalhadores na refinaria Abreu e Lima vão além da construção e atingem os serviços de duas formas - pela redução da massa salarial provocada pelos cortes e pelo possível fechamento de vagas em empresas terceirizadas que prestam serviços para o setor. "É o caso de empresas que fazem fiscalização de obras", exemplifica. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou durante a divulgação dos números que a criação de 19,3 mil postos em março mostra que "começamos uma recuperação" e que abril "certamente" será melhor que o mês passado. Apesar da avaliação, Dias preferiu não fazer estimativa de geração de postos de trabalho para o ano. O número negativo do trimestre preocupa, mas, segundo ele, é preciso lembrar que o país está vivendo um período de transição e ajuste. Para o ministro, o Brasil não está vivendo uma crise econômica, mas política. O discurso de crise econômica da oposição, disse, faz com que as pessoas posterguem investimentos e compras, prejudicando a retomada do país. "Para mim, estamos vivendo uma crise política que influencia a economia", ressaltou Dias. "Há um discurso questionável da oposição de que o Brasil vive uma crise. É uma continuação da campanha eleitoral e isso influencia a vida das pessoas".

Fonte:  Valor Online - Colaborou Marina Falcão - Sexta feira, 24 de abril de 2015. 


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