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FMI vê cenário mais difícil para emergentes

O Fundo Monetário Internacional (FMI) traçou nos últimos dias um cenário complicado para os países emergentes neste e nos próximos anos, marcado pela desaceleração do ritmo de crescimento e pela elevação dos riscos financeiros. Nas avaliações do Fundo, o Brasil aparece como um dos exemplos mais claros das dificuldades enfrentadas por esse grupo de economias, embora o programa de ajuste capitaneado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tenha sido elogiado várias vezes. Um dos problemas dos emergentes é a redução expressiva do crescimento potencial, ou seja, do ritmo de expansão que não acelera a inflação. No caso do Brasil, o FMI reduziu a estimativa para esse número de 3% para 2,5%, refletindo fatores como a produtividade baixa, o ambiente de negócios desfavorável, a competitividade fraca e o sistema tributário complicado, segundo Krishna Srinivasan, vice-diretor do departamento para o Hemisfério Ocidental do FMI. Reformas estruturais poderiam elevar esse número, mas não são o destaque do ajuste promovido pelo Brasil no momento. As projeções do FMI para o crescimento brasileiro apontam para uma retomada bastante gradual da atividade econômica. Depois de encolher 1% neste ano e crescer 1% no que vem, o país deve avançar 2,2% em 2017 e lentamente chegar a 2,5% em 2020, nas estimativas do Fundo. A queda do crescimento potencial tem sido mais acentuada nos emergentes, mas também acomete os países desenvolvidos, segundo o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard. A desaceleração da produtividade e o envelhecimento da população são dois fatores que puxam para baixo a capacidade dos dois grupos de países de crescer a taxas mais elevadas. O tombo do crescimento potencial ajuda e explicar a ênfase do Fundo para que os países adotem reformas estruturais, com o objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade. "Seria um erro falar em estagnação, como alguns fizeram, mas as perspectivas estão mais contidas", disse Blanchard, acrescentando que expectativas futuras modestas levam a menores gastos e a menor crescimento hoje. Uma das grandes mudanças no panorama para os emergentes é a desaceleração do crescimento da China. O Fundo estima que o país asiático vai crescer 6,8% neste ano e 6,3% no ano que vem, consideravelmente abaixo dos 7,5% projetados para a Índia em 2015 e em 2016. Para a instituição, essa perda de fôlego é reflexo de um movimento saudável, em direção a uma expansão puxada mais pelo consumo do que pelo investimento. A questão é que, embora mais sustentável, o menor crescimento da China tem efeitos importantes sobre a economia global, como reduzir a demanda por commodities. Grande exportadora desses produtos, a América Latina deve crescer apenas 0,9% neste ano, menos que o 1,3% do ano passado. Os países emergentes também se defrontam com um aumento dos riscos financeiros, segundo o FMI. Diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do Fundo, José Viñals destacou que as ameaças à estabilidade financeira estão migrando dos países desenvolvidos para os emergentes. Dois acontecimentos recentes no cenário global criam dificuldades para as empresas desses países - a queda dos preços do petróleo e a valorização do dólar. Nesse cenário, empresas do setor de energia de países como Brasil, Argentina, Nigéria e África do Sul podem ter problemas para pagar dívidas, segundo o FMI. Outro ponto é que, com a desvalorização das moedas, companhias que tomaram recursos no exterior podem ter problemas para honrar os débitos. O Brasil é um dos países em que o endividamento da empresas em moeda estrangeira cresceu muito nos últimos anos. Na reunião de primavera realizada em conjunto com o Banco Mundial, em Washington, o Fundo citou algumas vezes os problemas da Petrobras como um dos fatores que afetam a economia brasileira neste ano. O ponto positivo foram os elogios da instituição ao ajuste promovido por Levy, com a avaliação de que as medidas deverão ajudar a melhorar a confiança do setor privado no país.

Fonte:  Valor Online - Segunda feira, 20 de abril de 2015.


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