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Caderneta de poupança tem saque recorde de R$ 11,4 bi em março

A caderneta de poupança registrou novo saque recorde de recursos em março, de R$ 11,438 bilhões, em um cenário que tende a se repetir nos próximos meses. No ano, as retiradas são de R$ 23,230 bilhões - o pior resultado trimestral da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1995. Enquanto isso, o patrimônio total da poupança diminuiu pelo terceiro mês seguido, de R$ 658,190 bilhões em fevereiro para R$ 650,290 bilhões em março, já que os saques ultrapassaram o rendimento no período. Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro Oliveira, esse quadro não surpreende, e os saques devem continuar. O que se vê é o agravamento de um ambiente de baixo crescimento econômico, inflação elevada e aumento de tarifas, além da elevação da taxa básica de juros, que tira a atratividade da tradicional caderneta de poupança. "Não tem como mudar isso no curto prazo", diz Oliveira. "A rentabilidade maior dos fundos faz com que muita gente retire da poupança. Mesmo com cobrança de Imposto de Renda e taxa de administração, na maioria das situações, os fundos ganham da poupança." Para o economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, o que se tem é um processo de esgotamento da renda. O realismo tarifário da nova equipe econômica resultou em reajuste nos preços de água, energia e transporte público, o que tem efeito no bolso da população. Aliado a isso há um aumento do desemprego, que saiu de 4,3% em dezembro para 5,9% em fevereiro. "O consumidor chegou ao seu limite. O que tem no mercado não é demanda por consumo é uma demanda por dinheiro." Tingas também aponta que a poupança entra como complemento de renda ou para o pagamento de dívidas. E que, muitas vezes, esse não é um fenômeno pessoal mas da família. "A população está entendendo que não dá para se financiar com dinheiro caro como cheque especial e cartão de crédito. As pessoas começam a perceber como manejar orçamento, como melhor equacionar a questão financeira." A caderneta de poupança é a principal fonte de funding para o crédito imobiliário, já que os bancos são obrigados a destinar ao menos 65% da captação para empréstimos habitacionais. Mas, para Tingas, o setor privado tem outras fontes de financiamento e, dado o momento atual da economia, há uma retração na demanda por esse tipo de empréstimo. Oliveira, da Anefac, aponta que o consumidor está mais retraído e os bancos mais seletivos na concessão dos financiamentos. "Claro que, a continuar uma sangria da poupança, iria gerar problemas, mas não no curto prazo", diz Oliveira. A falta de poupança já era motivo de preocupação para alguns bancos, segundo noticiou o Valor no mês passado. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, já vinha utilizando recursos das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) como lastro para operações de financiamento da casa própria - o que pressiona o custo do empréstimo. Os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário mostraram resgate líquido de R$ 9,201 bilhões no mês passado (SBPE). As instituições que destinam os recursos para o crédito rural registraram saída líquida de R$ 2,237 bilhões (SBPR). Neste início de ano, o Ministério da Fazenda também precisou rebater boatos sobre risco de confisco da poupança, que proliferaram por redes sociais. "Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento", sustentou a Fazenda em fevereiro.

Fonte:  Valor Online - Quarta feira, 08 de abril de 2015.


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