Apesar do prognóstico pessimista para a atividade econômica no Brasil e a previsão do pior resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 25 anos, o banco HSBC, em relatório, demonstra confiança com o rumo das contas públicas.
No documento, a instituição reconhece o esforço do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e prevê que haverá "melhora considerável" da situação fiscal e o superávit primário deve alcançar 1% do PIB este ano. Mesmo abaixo da meta do governo, o resultado seria suficiente para evitar a perda do grau de investimento, prevê o HSBC.
Relatório sobre as perspectivas da economia global no 2º trimestre de 2015 usou tom elogioso ao analisar o trabalho executado por Levy. "Desde que assumiu o cargo, o ministro anunciou várias medidas para atingir a meta fiscal de superávit primário de 1,2% do PIB em 2015. As medidas prometidas até agora somam montante de R$ 120 bilhões - quase de 2% do PIB", diz o relatório dedicado ao Brasil, assinado pelo economista-chefe do HSBC de São Paulo, Constantin Jancsó.
"As medidas mostram que o governo tem compromisso de entregar o ajuste fiscal e está disposto a tomar medidas impopulares para conseguir isso, como o aumento do preço da eletricidade ao consumidor de 40% a 50% em um ambiente de inflação de um dígito", complementa o documento.
Economia
A recessão esperada para o Brasil será a mais forte em um quarto de século, para o banco. A instituição prevê contração do PIB de 1,2% em 2015. "Se nossa previsão se confirmar, será o pior desempenho para a economia em 25 anos."
Entre os 46 países e regiões econômicas com previsões no relatório, apenas três países devem amargar recessão: Brasil, Argentina (-2%) e Rússia (-3,5%). /Estadão Conteúdo
Fonte: DCI - Segunda feira, 23 de março de 2015.