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Intenção de confinamento supera 7% mas alto custo gera cautela no setor

São Paulo - O movimento do dólar e os preços praticados pela arroba bovina dão suporte para a estimativa de aumento de 7,65% no confinamento de 2015. Entretanto, este percentual ainda pode mudar pressionado pelo salto nos custos de produção e uma possível queda na demanda doméstica.

Estes primeiros indicadores foram divulgados ontem pela Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). Em 2014, cerca de 4,16 milhões de cabeças de gado foram para a engorda, um avanço de 4% em relação ao ano anterior. Agora, se as projeções forem confirmadas, este volume pode chegar a 4,478 milhões em 2015.

Cenário adverso

O analista da Scot Consultoria, Alex Lopes, alerta que, no ano passado, a arroba entre R$ 144 e R$ 145 garantia um retorno de pelo menos 20% sobre o que foi investido para o confinamento, fato que não deve se repetir atualmente.

"Existem dois fatores contrários: a falta de oferta de animais terminados e a demanda ruim, impedindo novas valorizações para o boi gordo. No ano passado o preço subiu 30%, agora você tem custos crescendo e uma remuneração que não aumenta na mesma proporção", explica o especialista.

O problema com a oferta se refere aos preços atuais do bezerro. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que, nos onze primeiros dias do mês de março, o indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo marcou um ligeiro avanço de 0,15%, ao fechar a R$ 144,59. Em contrapartida, o bezerro teve valorização de 3,8%, para os índices do Mato Grosso do Sul, a R$ 1.348,01 no mesmo período de avaliação. Na média para São Paulo, a alta foi de 4,6%, a R$ 1.303,42.

"Em São Paulo, por exemplo, a venda de um boi de 17 arrobas possibilita a compra de 1,94 bezerro neste mesmo estado ou de 1,86 bezerro em Mato Grosso do Sul - valor médio de março, até o dia onze. No mesmo período do ano passado, essas relações eram de 2,28 bezerros adquiridos tanto em São Paulo quanto no Mato Grosso do Sul", informou o instituto em nota.

Na avaliação de Lopes, ainda é possível que este seja um ano positivo, porém, com um potencial de valorização menor. Quanto à intenção de confinamento, é possível que os custos travem o percentual apontado pela associação.

Possibilidades

Questionado sobre o possível aumento no percentual de animais para engorda, diante de um cenário macroeconômico desfavorável, o gerente executivo da Assocon, Bruno de Jesus Andrade, argumenta que o valor atual do boi gordo é o que está estimulando as intenções dos pecuaristas. Segundo o levantamento realizado com 85 confinadores, somente 64% dos bovinos para reposição já estão adquiridos, em função dos altos preços do boi magro. Sendo assim, parte dos produtores ainda não possui a quantidade de cabeças suficiente para cumprir a meta de 2015.

"Quase 100% dos animais que, de fato, vão para o confinamento deve entrar até o final de julho, pois para o segundo semestre há o temor de que a demanda interna recue. Em geral, o gado começa a entrar entre os meses de abril e maio", explica Andrade.

Sazonalmente, novembro é quando há o maior índice de saída de bois do confinamento, após a estadia média de 90 dias. Logo, o animal que sai no penúltimo mês do ano, entrou em meados de agosto, justamente no período em que a projeção de 2015 é negativa.

"Está cedo para avaliar e pode haver mudanças nos indicadores", admite o gerente da associação. "O preço do boi magro deve ser o grande limitador do confinamento neste ano. Temos um pouco de cautela em dizer que vai ter aumento [no confinamento] ", acrescenta o analista.

Isso mostra que apenas a definição de um número como meta pode não ser suficiente, deve-se analisar o mercado, insumos e os fatores internos de produção antes de estabelecer uma meta, diz a Assocon.

Fonte:  DCI - Por: Nayara Figueiredo - Terça feira, 17 de março de 2015.


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