DIRETORIA – GESTÃO 2023-2025

clique aqui para acessar

 

DIRETORIA – GESTÃO 2022-2026

clique aqui para acessar

 
 
 
 
 

Notícias

Com real mais fraco, importador troca de fornecedor, negocia e derruba preços

Rodrigo Branco: preços foram afetados por renegociação com fornecedores e pela baixa demanda internacional A desvalorização cambial já começou a provocar troca de fornecedores e negociação de preços na importação. Dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) mostram que de novembro a janeiro os preços de importação, em dólar, caíram. Nesse período os preços médios dos bens intermediários diminuíram 1,83% na comparação com iguais meses do ano anterior. Nos bens de consumo duráveis, a queda foi de 1,31%. A redução maior foi nos não duráveis, com recuo de 6,8%, e nos combustíveis, de 15,4%, como reflexo da queda do preço do petróleo. A única categoria de uso com alta de preço médio foi a de bens de capital, com avanço pequeno, de 0,3%. Juntos, bens intermediários e bens de consumo representam 61,9% da importação brasileira, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Para analistas, a queda em intermediários, principalmente bens de consumo, é resultado da negociação entre fornecedores e importadores para dividir os efeitos da desvalorização do câmbio no valor dos importados, que ficam mais caros na conversão em moeda nacional. O processo de depreciação do real frente ao dólar ganhou maior ritmo nos últimos meses. De novembro a janeiro o preço médio do dólar, de R$ 2,60, superou em 10% a cotação média de R$ 2,34 entre novembro de 2013 e janeiro do ano passado. "Ciente do ritmo de desvalorização do real e do desaquecimento da economia brasileira, o fornecedor baixa o preço para manter seu mercado num momento de crescimento tímido também da demanda internacional", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). "Muitas vezes há também a troca de fornecedores, quando o importador consegue um novo contrato com preços mais convidativos." Para Castro, a pequena alta de preço médio em bens de capital pode ser creditada à inovação tecnológica que acaba pressionando o preço desse tipo de produto para cima. No caso dos bens de consumo não duráveis, a queda de preço é bem maior, porque há um reflexo mais rápido da desaceleração ou da contração da demanda doméstica no preço de importação. "Esse tipo de produto responde diretamente ao consumidor final, que num momento mais adverso costuma reagir com maior velocidade que a pessoa jurídica na aquisição de bens intermediários." O mix de produtos de bens de consumo não duráveis também pode ter mudado, diz Castro. O consumidor procura substituir um importado por outro mais barato. A queda de preços também é resultado dessa redução de padrão de consumo. Para Castro, a redução de preços de importação deve se repetir ao longo do ano, se mantida a tendência de desvalorização do real frente ao dólar. Esse é um fenômeno, diz ele, que deve ganhar mais força com a percepção dos agentes econômicos de que a desvalorização cambial deve acontecer num ritmo mais forte que o anteriormente esperado. Rodrigo Branco, pesquisador do Centro de Estudos de Estratégias de Desenvolvimento (Cedes-Uerj), acredita que a queda de preços está relacionada não somente à renegociação como também à queda de preços mais generalizada no mercado internacional. Contribuem para isso, diz ele, a exploração de novas fontes de energia, o que tende a baratear esse insumo, e a queda de preços das commodities ligada à desaceleração da China e às dificuldades de reação no cenário europeu. Branco lembra que, em relação às importações, não somente os preços contribuirão para reduzir o valor desembarcado. "A desaceleração da demanda interna provoca também uma redução do quantum importado." São, portanto, as duas variáveis no mesmo sentido ajudando a pressionar o valor das importações para baixo. Segundo Branco, também contribui para a queda de quantidade a substituição da importação por itens fabricados internamente. Mas esse movimento, pondera, deve ser ainda pequeno este ano e começará a se ampliar se o real se mantiver desvalorizado ainda por dois ou três anos. De acordo com dados da Funcex, em janeiro o volume total de importação caiu 11,3% na comparação com igual mês de 2014. A redução foi puxada principalmente por bens de capital, com recuo de 16%, e por bens de consumo duráveis, que caíram 17%. O volume desembarcado de bens intermediários recuou 11,2%. No mesmo período, a queda de preços do total das importações foi de 5,3%.

Fonte:  Valor Online- Sexta feira, 06 de março de 2015.


•  Voltar as Notícias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Federação dos Contabilistas nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia
Av. Presidente Vargas, 583 - Sala 220
CEP: 20071-003 - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Fone: (21) 2220-4358 - E-mail: fedcont@fedcont.org.br
Funcionamento: Seg à Sex de 09h às 17h
Filiado a