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Ajuste externo vai além da diferença cambial

O governo federal está preparando um plano de estímulo às exportações. Nada mais necessário do que isso, pois o País, certamente, não pode registrar, em 2015, déficit na balança comercial como o registrado em 2014. Também não pode continuar na dependência de apenas quatro ou cinco produtos de exportação bens agrícolas e minerais, principalmente minério de ferro, cuja queda de preços no mercado internacional foi o principal responsável pelo déficit superior a US$ 4 bilhões no ano passado.

Além de produzir soja e carne, bens de forte presença na pauta de exportações, o País precisa aumentar a venda externa de manufaturados, atividade que não só gera bom volume de recursos, como movimenta positivamente a economia interna, criando emprego e gerando renda. Para isso, é preciso ter produção, ter o que vender, a indústria tem que funcionar.

Para as fábricas operarem, são necessárias condições que vão desde um clima de confiança até financiamento e crédito, passando pela eliminação de custos que hoje oneram as atividades produtivas o chamado Custo Brasil. A carga tributária é uma das mais pesadas do mundo. Há quem diga que a elevada carga tributária, que equivale ao dobro da chinesa, é, hoje, o grande destruidor do parque industrial brasileiro. A legislação trabalhista também pesa sobre o empregador e cria entraves, insuperáveis em alguns casos, até para a inovação e a adoção de práticas mais modernas.

Tão ou mais importante do que tudo isso é a questão da logística. A falta de rodovias, a má conservação das existentes, os portos burocratizados e ineficientes, caros e demorados na operação, as hidrovias inoperantes oneram em demasia o custo do transporte das mercadorias. O industrial paga mais caro para receber as mercadorias que necessita para seu processo de produção, e o que sai da fábrica acaba chegando mais caro aos portos e aos compradores internacionais. Resultado, perde-se competividade.

Embora o Brasil tenha caído no ranking mundial de competitividade da indústria, os produtos brasileiros de exportação ainda são competitivos em nível de produção, mas perdem em consequência das deficiências localizadas principalmente nos custos financeiros, logísticos e tributários. Isso precisa mudar para que se conquistem novos mercados.

E não é só o governo que tem que fazer a sua parte. Os exportadores precisam investir, também, em pesquisa de mercado, adequação e desenvolvimento de produtos. O planejamento estratégico e a promoção são fundamentais. Não se pode mais querer ganhar apenas com a diferença cambial.

Resumindo, é preciso reduzir custos de exportação principalmente logísticos, tributários e financeiros; aumentar a capacidade produtiva; elevar o valor agregado dos produtos; ampliar a pauta e a base de exportação; buscar novos mercados, com novos produtos. Não defendemos subsídios e protecionismo, como se fez no passado. Até para superar possíveis reclamações junto à Organização Mundial do Comércio. 

O que é preciso é isonomia competitiva, que se alcança com melhores produtos, qualidade, eficiência, preço, e, também, boa representação da diplomacia brasileira nos grandes centros compradores. O Itamaraty precisa estar preparado para negociar novos acordos comerciais, negociar com todos, vender para quem paga mais. Nos últimos anos, infelizmente, o Brasil diminuiu seu espaço na área comercial internacional e perdeu muitas chances nos grandes blocos comerciais. Apesar dos grandes destaques em carne e soja, por exemplo, a inserção do Brasil no mundo desandou.

 

 Fonte:  Jornal do Comércio - RS  em 11/02/2015 e Gs Noticias CSB


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