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Apenas 9% dos jovens acreditam na política

Estudo indica que a falta de representatividade é um fator decisivo no desinteresse político dos jovens.

          João Capusso milita no PT há 6 meses e acha que a despolitização é ruim para a democracia brasileira

            São Paulo - O jovem está perdendo a confiança na política e nas instituições brasileiras. Esta é a conclusão da pesquisa " O Jovem e a Política na Cidade de São Paulo", que observou a falta de educação política como um fator crucial para o descolamento da política com o jovem paulista.

O DCI foi às ruas saber o que o jovem acha da política e encontrou três personagens com perspectivas diferentes.

Para João Capusso, 19 anos, militante do PT e diretor do Centro Acadêmico do curso de história da USP, é muito importante acompanhar a política. Ele milita no PT há 6 meses e foi o único entrevistado que apresentou total confiança na política.

"Eu acho importante, até porque sou do PT. Confio muito na política brasileira. Acho uma droga que agora deu uma despolitização muito forte no Brasil, mas gosto de política", diz Capusso, enquanto passava pela festa da "Peruada", feita no centro da cidade e organizada pelo curso de Direito da USP.

Jean Silva, 17 anos, vende sorvete na rua e trabalha desde os 10 anos. Diferentemente de Capusso, Jean não acredita na política e diz que não existe político bom.

"Pra mim tem diferença nenhuma. É só pra pegar o dinheiro da população. Isso não vai ajudar nóis não. Político não é nada pra nóis. Os cara roubando dinheiro pra caramba, a fronteira aberta, saindo dinheiro pra todo lugar. A população sem escola, sem hospital, sem nada", explica Jean.

Prestes a entregar um livro na Biblioteca Mário de Andrade, Paulo Castro, 16 anos, disse que não vota ainda, mas que vê na política um meio de mudança. O jovem mora na zona oeste e estuda na rede estadual de ensino.

"É uma coisa que as pessoas falam bastante, que uns governam para poucos, outros para muitos, mas governando para poucos. O PT se aproxima um pouco disso, não tenho elementos pra afirmar coisas assim. É mais fácil, em prol da maioria, dos pobres, o PT estar no poder", argumenta.

Falta de representatividade

A pesquisa foi feita pelo Núcleo de Pesquisa em Ciências Sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp). Foram entrevistados mais de 1.130 jovens durante o mês de agosto, com idade entre 15 e 29 anos e que moram em São Paulo.

O estudo apontou que, apesar de 41% dos jovens terem participado de alguma manifestação em São Paulo, o grau de confiança em instituições, como partidos, sindicatos, associações e a militância em movimentos políticos não ultrapassa 9%.

Para Rodrigo Estramanho, coordenador da pesquisa, o estudo pode indicar uma enorme falta de representatividade política na juventude.

"O mais importante é pensarmos que essa desconfiança enorme das instituições políticas e baixos índices de participação podem denotar uma crise de representatividade e uma crise de vontade política. Quando a gente pensa isso em relação aos mais jovens, nós vamos ver que é uma questão para se pensar", diz Rodrigo.

Carla Diégues, coordenadora do núcleo de pesquisa, segue o raciocínio de Estramanho e entende que a democracia brasileira ainda é pouco experimentada, que o jovem não possui cultura política e não consegue enxergar na política um meio de melhorar sua própria vida.

"Essa falta de referência política, de uma democracia mais experimentada, faz com que ele não confie nos políticos, que são pessoas mais velhas, e ao mesmo tempo não veja nele mesmo saída pra isso. Talvez porque falte essa cultura política no entendimento do que é essa participação política, do quanto é importante participar", explica Carla.

Dos jovens entrevistados apenas João é envolvido na política. Jean parou de estudar há dois anos e Paulo ainda não possui título de eleitor. João e Paulo declaram voto em Dilma. Jean vai anular.

Fonte: DCI – Por: Diego Felix – 20 de Outubro de 2014


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