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Notícias

Governo tenta mais uma vez salvar o PIB

Em um ambiente de retração econômica e de queda da presidente Dilma Rousseff em pesquisas de intenção de voto, o governo resolveu agir para se contrapor ao cenário pessimista. Foram anunciadas ontem uma série de medidas para favorecer o crédito no país, com o objetivo de estimular o consumo e o crescimento da produção.

Logo cedo, às 8h, o Banco Central (BC) anunciou alterações nas normas de recolhimento de depósitos compulsórios recursos que as instituições financeiras são obrigadas a manter depositados na autoridade monetária. A mudança deverá liberar R$ 25 bilhões para empréstimos. À tarde, foi a vez de o Ministério da Fazenda entrar em cena, elencando seis medidas diversificadas, nas áreas de financiamento imobiliário, de veículos, crédito consignado e de tributação de bancos (leia na arte as novas regras).

Elaboradas para dar uma injeção de ânimo ao combalido Produto Interno Bruto (PIB), que vem apresenta crescentes sinais de fraqueza, as iniciativas, contudo, estão ameaçadas pela insegurança dos bancos em liberar financiamentos e pelo endividamento das famílias, segundo os especialistas.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que as regras vêm sendo estudadas há muito tempo, o que descaracteriza, na sua avaliação, qualquer intenção eleitoral. Nosso ritmo não é político. Temos um fluxo de regulamentações que são apresentadas conforme amadurecem. Depois da eleição, continuaremos a adotar medidas, disse Mantega. Ele anunciou o pacote de ontem ao lado de dois dos principais nomes de sua equipe, o secretário executivo Paulo Rogério Caffarelli e o secretário de Política Econômica, Márcio Holland.

A preocupação não admitida do governo com o crescimento do país é lastreada em números. O IBC-BR, índice de atividade medido pelo Banco Central, registrou redução no quarto trimestre de 2013, de 0,28%, e nos dois primeiros deste ano, respectivamente de 0,02% e de 1,2%. Essa sucessão de quedas indica recessão, o que poderá aparecer de forma mais clara nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que será anunciado na sexta-feira da próxima semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mantega disse discordar da avaliação de que o país atravessa um momento ruim. A economia não está patinando. Está sólida. Temos pleno emprego e a Bolsa está subindo, afirmou. Para analistas de mercado, porém, os ganhos da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&Fbovespa) nos últimos dias, puxados por ações de empresas estatais, se devem à percepção dos investidores de que estão maiores as chances de vitória da oposição no pleito presidencial.

Críticas

Para economistas, não há dúvidas de que o governo busca a retomada do crescimento com a intenção de colher dividendos eleitorais. É uma tentativa desesperada e inútil de reverter a estagnação, afirmou o presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, Carlos Eduardo de Freitas. As medidas passam a impressão de que o governo está desnorteado, perdido. Administrar por pacotes é ruim. É como um espasmo. Fazia-se isso nos governos Geisel, Figueiredo e Sarney, afirmou Freitas.

O estímulo ao crédito, contudo, pode não surtir o efeito esperado. O dinheiro vai ficar no mesmo lugar, afirmou Freitas. Para o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, o retorno positivo das medidas deve vir, mas não na proporção prevista e somente a médio prazo. A tomada de crédito voltará a crescer, segundo ele, quando a confiança for retomada. Se o objetivo era aquecer a economia antes das eleições, não vai ser atingido. Os bancos podem não querer emprestar por conta da situação macroeconômica em geral, e a demanda por crédito pode estar baixa nesse momento, afirmou.

Para o especialista em macroeconomia André Nassif, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), a medida é contraditória e sinaliza uma tentativa do governo de compensar os efeitos negativos do aumento das taxas de juros. O Banco Central não pode simplesmente diminuir os juros, porque isso indicaria para o mercado que está jogando a toalha na luta contra a inflação. Então, ele tenta compensar com mudanças nas regras de compulsórios. Mas, com o endividamento das famílias elevado, há risco de o dinheiro ficar parado no BC.

A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, acha que os objetivos eleitorais do governo não são um problema. Isso não é ruim se as medidas forem eficientes do ponto de vista estrutural. No primeiro mandato de Lula houve várias iniciativas com foco no crédito que aumentaram muito a produtividade dos bancos, apontou.

» Foco automotivo

Para estimular a indústria automobilística, que prevê, para este ano, um recuo de 5% a 6% na produção, o BC tomou medidas específicas. Os bancos terão que aumentar em 20% (em relação ao semestre passado) o volume de financiamento para a compra de veículos para poder deduzir o valor concedido da cota de compulsório. O Banco Central mudou ainda os critérios de avaliação de risco, reduzindo a exigência de capital para essas operações.

Fonte: Correio Braziliense / Gestão Sindical -  21/08/2014


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