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Terceirização é estratégica para a competitividade da indústria

 A contratação de serviços terceirizados na indústria brasileira tornou-se um elo da estrutura produtiva e fator determinante para a competitividade do setor. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 69,7% das empresas industriais  de transformação, extrativas e construção civil, utilizam serviços terceirizados e 84% das companhias que terceirizam pretendem manter ou ampliar a utilização do recurso nos próximos anos. A Sondagem Industrial Especial Terceirização ouviu 2.330 empresas do setor, incluindo pequenas, médias e grandes, que contrataram serviços de terceiros nos últimos três anos.

A pesquisa orientou a elaboração do estudo Terceirização: o imperativo das mudanças, realizado pela CNI. A publicação faz parte das propostas da indústria entregues aos candidatos à Presidência da República. Na avaliação da CNI, a terceirização é um fenômeno irreversível, reflexo da divisão do trabalho moderno num contexto produtivo globalizado. A indústria  precisa ter condições de competir não apenas no mercado interno, mas dentro de cadeias globais de valor. A divisão de etapas produtivas para prestadores de serviços terceirizados é instrumento essencial para acesso a melhores técnicas, tecnologias e eficiência, com reflexo direto no custo do produto nacional.

A contratação de serviços terceirizados está tão integrada à estratégia das empresas que mais da metade do setor industrial seria afetado, negativamente, caso se torne impossível recorrer à terceirização. A pesquisa da CNI identifica que 42% das empresas entrevistadas sofreriam com perda de competitividade se fossem impedidas de contratar terceiros. Outros 15,4% afirmam que uma ou mais linhas de produtos se tornariam inviáveis caso fossem proibidas de terceirizar. As empresas que não seriam afetadas representam 28% das ouvidas na sondagem.

ESPECIALIZAÇÃO

A pesquisa constata, ainda, que a terceirização não se resume a serviços de apoio (segurança, conservação e limpeza). Parcela significativa das empresas industriais que contratam serviços de terceiros recorrem a etapas diretamente ligadas à estratégia produtiva. Dos quatro principais serviços terceirizados, três cumprem essa finalidade: montagem e manutenção de equipamentos industriais (56,2%), logística e transportes (54,7%) e serviços de consultoria técnica (47,3%).

Outras atividades estratégicas delegadas a prestadores de serviços incluem pesquisa e desenvolvimento, etapas na cadeia de suprimentos, tecnologia e segurança da informação e Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e/ou telemarketing. Na visão da CNI, a pesquisa mostra que a terceirização é a forma moderna de organização empresarial que promove a integração de empresas no fornecimento de bens e serviços, e não uma simples modalidade de contratação de trabalhadores para burlar a legislação trabalhista ou reduzir custos na folha de pagamento.

A redução do tempo de produção, aliás, é o principal fator para a decisão de terceirizar serviços na indústria, à frente da redução de gastos com pessoal. Entre as empresas entrevistadas, 87,9% consideram o ganho de tempo como fator importante ou muito importante para terceirizar, enquanto 85,6% avaliam a redução de custos como principal motivo para tomar essa decisão. A redução de custos é fundamental para o sucesso de um empreendimento, mas vale destacar que a economia de tempo, associada à melhora da qualidade de serviços e o acesso a tecnologias, afeta positivamente a competitividade das empresas.

DIREITOS TRABALHISTAS

Confundida muitas vezes com precarização do trabalho, a terceirização é feita de forma responsável pelas empresas contratantes de serviços de outras empresas. A pesquisa da CNI mostra que 75,2% das indústrias que terceirizam observam, de forma espontânea, se a contratada cumpre com os encargos e obrigações trabalhistas (INSS, FGTS e outros). Não há, atualmente, obrigação legal para que as contratantes garantam essa ?dupla rede de proteção? ao terceirizado, mas está prevista no PL 4330/2004, em discussão na Câmara dos Deputados, que regulamenta a terceirização no Brasil.

Apesar de os serviços terceirizados serem parte importante da estrutura produtiva da indústria brasileira, a falta de regulamentação da terceirização é fonte de grande insegurança para o setor. A principal incerteza enfrentada por empresas que terceirizam é a  jurídica, decorrente de possíveis passivos trabalhistas, assinalado por 59,9% das empresas ouvidas. Em seguida, as dificuldades que mais preocupam o setor industrial são arcar com custos maiores que o esperado (43,2%) e obter do serviço contratado qualidade menor que a esperada (42,9%). A CNI considera injustificável que uma forma moderna de divisão do trabalho, difundida pelas estruturas produtivas globais, encontre tanta resistência no País.

Fonte:  Jornal O Estado / Gestão Sindical – 19.08.2014

 


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