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Brasileiro ganha prêmio Nobel de matemática

O matemático brasileiro Artur Avila, 35, é o primeiro pesquisador na América Latina escolhido para receber a Medalha Fields, popularmente conhecida como o "Nobel da matemática". A entrega do prêmio ocorrerá na abertura do 27º Congresso Internacional de Matemáticos, em Seul, na Coreia do Sul.

Comparada ao Nobel, pela importância, a Medalha Fields distingue-se por ser entregue apenas de quatro em quatro anos para matemáticos de até 40 anos. A cada edição, são entregues de duas a quatro medalhas. Neste ano, também receberam o prêmio outros três pesquisadores: o canadense-americano de origem indiana Manjul Bhargava, o austríaco Martin Hairer, e a iraniana Maryam Mirzakhani, a primeira mulher a receber a distinção.

Considerado um dos matemáticos mais talentosos de sua geração, Avila - que é pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), órgão de pesquisa do governo francês - vinha sendo citado nos últimos anos como forte candidato ao prêmio.

A primeira linha de pesquisa de Avila foi na área de sistemas dinâmicos. Esse ramo da matemática busca prever a evolução no tempo de fenômenos naturais e humanos observados nos mais diversos ramos do conhecimento. Hoje, suas ferramentas são usadas para descrever a evolução de epidemias, para estudar como surgem espécies animais e mostrar a impossibilidade de previsões do tempo para mais do que alguns dias.

Dentre esses sistemas, uma classe importante são os sistemas dinâmicos caóticos. Na linguagem coloquial, caos está ligado à ideia de desordem completa, mas, na matemática, trata-se de um termo geral para processos com extrema sensibilidade às menores perturbações, em que pequenas alterações na situação inicial provocam modificações dramáticas na evolução do sistema. O exemplo clássico é do bater de asas de uma borboleta no hemisfério Sul, que multiplica-se e acumula-se, influenciando a ocorrência de uma tempestade no Japão.

Mais recentemente Avila tem trabalhado para construir uma teoria geral dos chamados operadores de Schröndinger quase-periódicos. Esses operadores originaram-se na física e são usados para descrever o comportamento quântico das partículas. Avila trabalha com matemática pura. Isso quer dizer que mesmo trabalhando em problemas com possíveis aplicações em outras áreas, esse não é o seu objetivo.

Nascido no Rio de Janeiro, o matemático fez toda a sua formação no Brasil, situação rara no caso de pesquisadores de países em desenvolvimento que despontam precocemente. Ele começou a frequentar o Impa aos 16 anos, ainda no ensino médio, após ter ganho a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática de 1995.

No ano seguinte, iniciou o mestrado no instituto. Concluiu o doutorado em matemática na mesma instituição aos 21 anos, na mesma semana em que pegou o diploma de graduação.

Para César Camacho, diretor-geral do Impa, a conquista da medalha mostra como é acertada a política do instituto de permitir que alunos de qualquer idade assistam às aulas e tenham contato com os pesquisadores.

Para Avila, o prêmio vai mostrar que não é só nos Estados Unidos ou na Europa que se faz pesquisa de ponta. "Tira um pouco do complexo de vira-lata da comunidade científica brasileira."

Fonte:  Valor Online / Gestão Sindical - 13/08/2014  

 


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